Francisco é uma pessoa «simples» e «muito comprometida com o povo, especialmente os pobres e aqueles que sofrem»
Lisboa, 19 mar 2013 (Ecclesia) – O Papa é um “homem sem medo de falar alto perante as injustiças sociais”, disse hoje à Agência ECCLESIA o padre Mauricio Guevara, em Portugal há oito anos e argentino como o sucessor de Bento XVI.
O religioso pertencente aos Missionários da Consolata conheceu o Papa quando o então padre Bergoglio foi reitor do Colegio Massimo e das Faculdades de Filosofia e Teologia da mesma instituição sediada em Buenos Aires.
Jorge Mario Bergoglio é uma pessoa “simples” e “muito comprometida com o povo, especialmente os pobres e aqueles que sofrem”, vincou o sacerdote que trabalha no Bairro do Zambujal, na periferia de Lisboa.
O padre Mauricio, de 40 anos, ficou “totalmente surpreendido” pela eleição do Papa Francisco, escolha que está “a ajudar o povo argentino a estar mais unido, seja cristão ou não cristão”.
“É um bom incentivo e uma grande força de ânimo, sobretudo para uma população que está a passar por momentos muito difíceis”, salientou.
O missionário acredita que se vive “um sentimento de alegria” em toda a Igreja Católica, na “esperança” de a ver “com a cara lavada”, especialmente ao nível da Cúria Romana.
Do contacto que teve com o atual Papa nas aulas, o missionário recorda um professor “pastoralista e terra a terra, ligando muito bem a experiência da fé com a do dia a dia”.
“A eleição de um Papa com este estilo e com o projeto pastoral que o seu nome implica [Francisco] vai confirmar o que toda a Igreja está a fazer, caminhando junto do povo”, apontou o padre Mauricio ao referir-se à transmissão do Evangelho e ao apoio social prestado pelos Missionários da Consolata e outras congregações.
Para o padre Mauricio as prioridades do pontificado passam por “ajudar a que a Igreja se torne mais próxima do povo, com simplicidade” e, ao mesmo tempo, contribuir para “descobrir, com a humanidade, os sinais de esperança que o mundo precisa de acolher”.
RJM