«As bisbilhotices matam», adverte Francisco
Cidade do Vaticano, 14 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que os cristãos se devem distinguir por ser pessoas de verdade, rejeitando o que classificou como “terrorismo” da maledicência.
“As bisbilhotices matam e isso di-lo o Apóstolo Tiago, na sua carta”, assinalou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.
O pontífice retomou uma imagem caraterística, quando aborda estes temas, comparando o maledicente a um “terrorista”, que lança a bomba e se vai embora, deixando os outros sofrer as consequências.
“Viver de comunicações que não são autênticas é grave, porque impede as relações e, portanto, impede o amor. Onde há mentira não há amor, não pode haver amor”, advertiu.
Francisco refletiu sobre o significado de “dizer a verdade”, prosseguindo o ciclo de catequeses sobre os 10 Mandamentos, desta feita sobre o oitavo, “não prestar falsos testemunhos nem mentir”.
Para o Papa, é preciso evitar uma “absolutização” de pontos de vista, que podem não “colher o sentido do conjunto”, e a divulgação de factos “pessoais ou reservados”.
“Estas bisbilhotices destroem a comunhão por causa da inoportunidade e da falta de delicadeza”, observou.
Os cristãos não somos homens e mulheres excecionais. Somos, contudo, filhos do Pai celeste, o qual é bom e não desilude, e coloca no seu coração o amor pelos irmãos. Esta verdade não se diz tanto com os discursos, é um modo de existir e vê-se em cada ato: este é um homem é um homem verdadeiro, aquela mulher é uma mulher verdadeira”.
A audiência incluiu uma saudação aos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal: “Sejam bem-vindos! Peçamos ao Senhor a força do Espírito Santo, para que, fortalecidos com os seus dons, possamos permanecer firmes na fé dando um testemunho alegre da verdade cristã. Que Deus vos abençoe!”.
OC