JMJ 2019: Papa dirige-se a jovens crentes e não-crentes, para propor «revolução do serviço» (c/vídeo)

Francisco recorre ao YouTube para enviar mensagem de preparação da Jornada Mundial da Juventude 2019, no Panamá

 

Cidade do Vaticano, 22 jan 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem de preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que começa hoje no Panamá, falando aos jovens, crentes e não-crentes, através do YouTube, para propor uma “revolução do serviço”.

“A nossa vida só encontra sentido no serviço a Deus e ao próximo”, refere, numa intervenção divulgada em novembro, pelo Vaticano.

Francisco assinala que “há muitos jovens, crentes ou não crentes”, que, no final dum período de estudos, mostram “desejo de ajudar os outros, fazer algo pelos que sofrem”.

“Esta é a força dos jovens, a força de todos vós, que pode transformar o mundo; esta é a revolução que pode desbaratar os «poderes fortes» desta terra: a «revolução» do serviço”.

A 34ª edição da JMJ, o maior evento internacional promovido pela Igreja Católica para os jovens, tem como tema ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra’, a “resposta da Virgem Maria ao chamamento de Deus”, assinala o Papa.

“As suas palavras são um «sim» audaz e generoso; o sim de quem compreendeu o segredo da vocação: sair de si mesmo e pôr-se ao serviço dos outros”, acrescenta.

O Papa vai chegar ao Panamá esta quarta-feira, para presidir aos momentos conclusivos da JMJ 2019.

O Vaticano sublinha, em comunicado, que esta foi a primeira vez que a mensagem pontifícia para a JMJ é publicada “principalmente” em formato de vídeo, “para que possa chegar ao maior número possível de jovens e responder ao seu desejo, manifestado por ocasião do recente processo sinodal, de comunicar com a Igreja através de formas mais próximas da sua linguagem”.

A mensagem conclui um ciclo de três textos centrados na figura da Virgem Maria que o Papa apresentou aos jovens, no caminho para a JMJ 2019.

“Queridos jovens, tende a coragem de entrar, cada um, no próprio interior e perguntar a Deus: Que quereis de mim? Deixai que o Senhor vos fale, e vereis a vossa vida transformar-se e encher-se de alegria”.

Francisco afirma que Maria foi uma “mulher feliz”, porque foi “generosa com Deus”.

“As propostas de Deus para nós, como a que fez a Maria, não são para apagar sonhos mas para acender desejos; para fazer com que a nossa vida dê fruto, faça desabrochar muitos sorrisos e alegre muitos corações. Responder afirmativamente a Deus é o primeiro passo para ser feliz e tornar felizes muitas pessoas”, acrescenta.

O Papa sustenta que, para colocar-se ao serviço dos outros, não basta estar “pronto para a ação”, mas é preciso também “entrar em diálogo com Deus”.

“A partir deste relacionamento com Deus no silêncio do coração, descobrimos a nossa identidade e a vocação a que nos chama o Senhor; a vocação pode expressar-se em várias formas: no matrimónio, na vida consagrada, no sacerdócio”, precisa.

As JMJ nasceram por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade: em 1987, Buenos Aires (Argentina); em 1989, Santiago de Compostela (Espanha); em 1991, Czestochowa (Polónia); em 1993 em Denver (EUA); em 1995, Manila (Filipinas); em 1997, Paris (França); em 2000, Roma (Itália); em 2002, Toronto (Canadá); em 2005, Colónia (Alemanha); em 2008, Sidney (Austrália); em 2011, Madrid (Espanha); Rio de Janeiro (Brasil), em 2013; e Cracóvia (Polónia), em 2016.

As duas últimas edições internacionais foram presididas pelo Papa Francisco.

OC

JMJ2019: Vaticano divulga programa do Papa no Panamá

 

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