Francisco prosseguiu catequeses sobre a família, perante milhares de pessoas
Cidade do Vaticano, 04 fev 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco elogiou hoje no Vaticano os pais que sabem estar presentes na família para ajudar e “corrigir” os seus filhos, com paciência e sem os “humilhar”.
“Proximidade, doçura e firmeza são atitudes necessárias – e que só podem ser manifestadas com um pai presente na família”, disse, perante cerca de sete mil fiéis reunidos na sala Paulo VI para a audiência geral desta quarta-feira.
Prosseguindo o ciclo de catequeses sobre a família, Francisco convidou os pais a transmitir a herança da “sabedoria e retidão”.
“O pai deve estar próximo da mulher, para partilhar tudo, alegrias e tristezas, cansaço e esperanças. E deve estar próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se empenham, quando ousam ou hesitam, quando erram e voltam atrás. Pai presente, sempre! Presente não significa controlador, pois pode anular o filho”, advertiu.
O Papa apresentou como exemplo o pai da parábola do filho pródigo, que Jesus apresenta no Evangelho.
“Quanta dignidade e ternura naquele pai que espera à porta de casa que o filho regresse!” Um bom pai sabe esperar e sabe perdoar, do profundo do coração. Certamente, sabe também corrigir com firmeza, sem sentimentalismos. O pai que sabe corrigir sem humilhar, é o mesmo que sabe proteger sem poupar-se”, assinalou.
Francisco disse que muitas vezes “não há mais a fazer do que esperar”, pelo que os pais “devem ser pacientes”.
“Depois de experiências e falhanços, voltar para casa e não encontrar um pai pode provocar feridas difíceis de serem curadas”, alertou.
O Papa deixou depois uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “Que esta visita a Roma vos ajude a estar prontos, como Abraão, a sair cada dia para a terra de Deus e do homem, revelando-vos uma bênção e um sinal do amor de Deus por todos os seus filhos. A Virgem Santa vos guie e proteja!”.
Francisco cumprimentou ainda um grupo de peregrinos de Eslováquia, dias antes de um referendo que vai questionar a população deste país europeu sobre o conceito de matrimónio ou a adoção por pessoas do mesmo sexo.
"Desejo exprimir o meu apreço por toda a Igreja eslovaca, encorajando todos a prosseguir no compromisso em defesa da vida, célula vital da família", declarou.
RV/OC