Vaticano: Papa desafia religiosas a assumir papel de «peritas» de comunhão, no processo sinodal

Francisco chegou em cadeira de rodas ao encontro com a União Internacional das Superioras Gerais

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 05 mai 2022 (Ecclesia) – O Papa desafiou hoje as religiosas da Igreja Católica a assumir o papel de “peritas” de comunhão no processo sinodal que decorre até 2023.

“Conto convosco, queridas irmãs, ao acompanhar o povo santo de Deus neste processo sinodal, como peritas na construção da comunhão, na promoção da escuta e do discernimento. O ministério do acompanhamento é urgente”, refere o discurso distribuído por Francisco às participantes da XXII Assembleia Plenária da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), que se realiza de 2 a 6 de maio, com o tema “Abraçar a vulnerabilidade no Caminho Sinodal”.

O Papa, afetado por um problema no joelho, que o impede de deslocar-se normalmente, chegou ao Auditório Paulo VI numa cadeira de rodas.

O encontro decorreu informalmente, num momento de perguntas e respostas, tendo o Vaticano divulgado o discurso oficial preparado por Francisco, autorizando a sua publicação.

O texto deixa votos de que o processo sinodal, iniciado em 2021, decorra também nos Institutos de Vida Consagrada, “onde jovens e velhos trocam a sua sabedoria e visões de vida consagrada, onde todas as culturas se sentam à mesma mesa do Reino”.

“Um belo sinal desta renovação sinodal deve ser o cuidado mútuo. Neste contexto, penso nas pequenas congregações ou aquelas que estão em declínio a ponto de experimentar uma difícil sustentabilidade. Confio que estes processos, olhando para o futuro, as aproximem ainda mais umas das outras para se apoiarem e se ajudarem nos caminhos da formação e do discernimento”, escreve o pontífice.

Espera-se que sejam tecelãs de novas relações para que a Igreja não seja uma comunidade de anónimos, mas de testemunhas do Ressuscitado, apesar da nossa fragilidade”.

Francisco sublinha a importância de ter as comunidades a participar no processo sinodal, a nível da Igreja Católica, e que as congregações façam o seu próprio caminho.

“É uma oportunidade de nos escutarmos uns aos outros, de nos encorajarmos uns aos outros a falar com parrésia, a fazer perguntas sobre os elementos essenciais da vida religiosa hoje. Também para deixar surgir perguntas desconfortáveis”, indica.

OC

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Agência ECCLESIA

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