Vaticano: Papa denuncia «manipulação ideológica» na perseguição aos cristãos

Leão XIV alerta para situação na Nigéria, Moçambique, Bangladesh ou Sudão

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 16 nov 2025 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje, no Vaticano, a perseguição aos cristãos, criticando atos de violência e de deturpação da mensagem da Igreja.

“A perseguição aos cristãos não acontece apenas com armas e maus-tratos, mas também com as palavras, ou seja, através da mentira e da manipulação ideológica”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

Perante mais de 20 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, por ocasião do Dia Mundial dos Pobres, Leão XIV recordou a passagem do Evangelho de São Lucas, lida nas celebrações dominicais, que faz “refletir sobre as tribulações da história e o fim das coisas”.

“Infelizmente, recebemos diariamente notícias de conflitos, calamidades e perseguições que atormentam milhões de homens e mulheres”, observou.

“Caríssimos, ao longo de toda a história da Igreja, são principalmente os mártires que nos lembram que a graça de Deus é capaz de transfigurar até mesmo a violência em sinal de redenção”, recordou ainda.

Sobretudo quando oprimidos por esses males físicos e morais, somos chamados a dar testemunho da verdade que salva o mundo, da justiça que liberta os povos da opressão, da esperança que indica a todos o caminho da paz.”

O Papa falou, em particular, da situação na Nigéria, Moçambique, Bangladesh, Sudão e em várias partes do mundo onde “os cristãos sofrem discriminação e perseguição”, com “notícias de ataques a comunidades e locais de culto”.

“Deus é um Pai misericordioso e deseja a paz entre todos os seus filhos”, declarou.

Falando aos participantes no Jubileu dos Pobres, o pontífice quis agradecer a todos os que “nas dioceses e nas paróquias, promoveram iniciativas de solidariedade com os mais desfavorecidos”.

“Neste dia, entrego novamente a exortação apostólica ‘Dilexi te’, sobre o amor aos pobres, documento que o Papa Francisco estava a preparar nos últimos meses de vida e que, com grande alegria, concluí”, referiu.

Leão XIV associou-se ainda à celebração do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, evocando anualmente no terceiro domingo de novembro.

“Neste dia, recordamos também todos aqueles que morreram em acidentes rodoviários causados, com demasiada frequência, por comportamentos irresponsáveis. Que cada um faça um exame de consciência sobre isto”, apelou.

OC

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