Vaticano: Papa denuncia indiferença face a «chaga» da violência sobre menores

Francisco evocou vítimas de incêndio num lar de acolhimento na Guatemala

Cidade do Vaticano, 12 mar 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco alertou hoje para a “chaga” da violência sobre menores, num dia em que recordou as 39 mortas num incêndio num lar de acolhimento na Guatemala.

“Manifesto a minha proximidade ao povo da Guatemala, que está de luto pelo triste e grave incêndio que deflagrou no interior da casa Refúgio Nossa Senhora da Assunção, causando vítimas e feridas entre as meninas que ali viviam”, disse, perante milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, para a recitação do ângelus.

“Que o Senhor acolha as suas almas, cure os feridos, console as suas famílias na dor e toda a nação”, acrescentou.

Após recordar este episódio, o Papa disse rezar e pediu orações “por todos os meninos e meninas vítimas de violência, de maus-tratos, de exploração e das guerras”.

“Esta é uma chaga, este é um grito escondido que deve ser ouvido por todos nós e que não podemos fingir que não vemos nem ouvimos”, advertiu.

O encontro de oração no Vaticano, que contou com a presença de um grupo de Portugal, tinha começado com uma reflexão sobre a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa.

“Façamos de modo que a Cruz assinale as etapas do nosso itinerário quaresmal para compreender cada vez mais a gravidade do pecado e o valor do sacrifício com o qual o Redentor nos salvou a todos nós”, apelou o Papa.

No II Domingo da Quaresma, Francisco quis apresentar uma reflexão sobre o verdadeiro significado da cruz, um símbolo que não pode ser banalizado.

“A cruz cristã não é um adereço decorativo da casa ou um ornamento para usar, mas a cruz cristã é uma recordação do amor com que Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado. Neste tempo quaresmal, contemplemos com devoção a imagem do crucifixo: ele é o símbolo da fé cristã, é o emblema de Jesus, morto e ressuscitado por nós”, pediu.

OC

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