Francisco recordou «raízes cristãs» que encontrou na sua visita à ilha
Cidade do Vaticano, 30 set 2015 (Ecclesia) – O Papa deixou hoje votos de justiça, paz e reconciliação para Cuba, que visitou entre os dias 19 e 22 deste mês, e recordou as “raízes cristãs” da ilha.
“Cheguei a Cuba como ‘Missionário da Misericórdia’ e ali experimentei a esperança e a unidade de um povo que para lá de qualquer divisão e sob o olhar maternal da Virgem do Cobre, ganha forças nas suas raízes cristãs”, disse Francisco, durante a audiência pública semanal que reuniu cerca de 20 mil pessoas na Praça de São Pedro.
O Papa sublinhou a passagem pelo Santuário de Nossa Senhora da Caridade, padroeira de Cuba, “que guia o caminho da justiça, paz, liberdade e reconciliação”.
“A misericórdia de Deus é maior do que qualquer ferida, que qualquer conflito, qualquer ideologia. Com este olhar de misericórdia pude abraçar todo o povo cubano, na pátria e fora dela, para lá de qualquer divisão”, relatou.
17 anos depois da visita de São João Paulo II, Francisco disse poder ter visto cumprir-se “a profecia” do Papa polaco: “Que Cuba se abra o mundo e o mundo se abra a Cuba”.
“Que não haja mais encerramentos, exploração da pobreza, mas liberdade na dignidade”, apelou.
O Papa referiu-se também aos jovens cubanos, que convidou a seguir “não um caminho de evasão, de lucro fácil, mas de responsabilidade, de serviço ao próximo, de cuidado da fragilidade”.
“Um caminho que tira a sua força das raízes cristãs do povo, que tanto sofreu”, acrescentou.
A intervenção falou também das “pontes” que se estão a construir entre Cuba e os Estados Unidos da América, a segunda etapa da 10ª viagem internacional do pontificado, que o Papa considerou “uma passagem emblemática”.
OC