Vaticano: Papa defende ação dos leigos católicos nas «periferias do mundo»

Francisco pede testemunho concreto de fé junto de quem sofre

Cidade do Vaticano, 14 mar 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que a ação dos leigos católicos ajuda a Igreja a chegar até às “periferias do mundo”, pedindo um testemunho concreto de fé junto de quem sofre.

“Sois chamados a permear de valores cristãos os ambientes em que trabalhais, com o testemunho e a palavra, indo ao encontro das pessoas nas suas situações concretas, para que tenham a plena dignidade e sejam alcançados pela salvação de Cristo”, declarou, durante uma audiência a 400 membros da associação laical ‘Segue-me’, a celebrar o seu 50.º aniversário.

Francisco elogiou a ação destes elementos na família, no mundo profissional e nas várias expressões da “vida social”.

“Assim podereis contribuir, à maneira do fermente, para colocar o espírito do Evangelho nas dobradiças da história com o testemunho da fé, da esperança e da caridade”, assinalou.

O Papa observou que, ao longo da história da Igreja, muitos pensaram que eram bons cristãos porque faziam “obras sociais e de caridade bem organizadas”.

“Está bem, são coisas boas, mas não podemos esquecer-nos de que a linfa que traz a vida e transforma os corações é o Espírito Santo, o Espírito de Cristo”, observou.

Os membros da associação foram desafiados a ser pessoas “descentradas” de si próprias para colocar no centro das suas vidas a pessoa de Jesus Cristo.

O ‘Segue-me’, presente em 11 países, inclui leigos casados e celibatários, que assumem a obrigação de “fidelidade”, uma espécie de voto que se refere ao Evangelho, à Igreja e ao “pacto vocacional” entre os membros do grupo, como recordou o Papa.

“Esta é uma forma de vida evangélica a praticar num contexto de laicidade e de liberdade”, acrescentou.

Francisco sublinhou a originalidade deste “programa de vida cristã para leigos, com objetivos claros e desafiadores”.

“Conservai e desenvolvei esta comunhão fraterna e a troca de dons, destinados ao crescimento humano e cristão de todos, juntamente com a criatividade, o otimismo, a alegria e a coragem de ir contra a corrente, quando é oportuno”, apelou.

OC

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Agência ECCLESIA

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