Cidade do Vaticano, 20 mar 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai presidir no dia 24 de abril a uma Missa na igreja de Santo Inácio, em Roma, em ação de graças pela canonização do Beato José de Anchieta(1534-1597), religioso ligado à evangelização no Brasil e que será proclamado Santo a 2 de abril, por meio de um decreto pontifício.
Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), o jesuíta desembarcou em solo brasileiro em julho de 1553, onde fundou juntamente com o padre português Manuel da Nóbrega um colégio em Piratininga, que deu origem à cidade de São Paulo.
José de Anchieta veio para Portugal aos 14 anos, sendo aluno do Colégio das Artes e Humanidades, em Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local.
Ali entrou no noviciado da Companhia de Jesus, e foi depois destinado à missão do Brasil.
Segundo a Rádio Vaticano, O Papa Francisco também vai assinar decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).
Os três futuros santos foram beatificados por João Paulo II a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América, Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto canonizados.
A ‘canonização equipolente’ é um processo instituído no século XVIII por Bento XIV, através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.
Francisco já recordou a este procedimento em outubro, com a Beata Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro (1506-1546).
OC