Bento XVI propõe aos católicos que visitem quem está só, doente ou vive momentos difíceis
Cidade do Vaticano, 23 dez 2012 (Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que a celebração do Natal tem de ultrapassar a preocupação pelos “preparativos exteriores” e o aspeto “superficial”, convidando ao acolhimento de quem sofre.
“Onde há acolhimento recíproco, escuta, o dar espaço ao outro, aí há Deus e a alegria que vem dele. Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando os que vivem uma situação de dificuldade, em particular os doentes, os presos, os idosos e as crianças”, disse o Papa na recitação da oração do Angelus, na Praça de São Pedro.
A catequese do último domingo do Advento, tempo que prepara a celebração natalícia no calendário católico, partiu da visita de Maria à sua prima Isabel, mãe de João Baptista, que a acolheu como “o próprio Deus”: “Sem desejá-lo nunca conheceremos o Senhor, sem esperá-lo não o encontraremos, sem procura-lo não o encontraremos”.
“A exultação de João no seio de Elisabete é sinal do cumprimento da espera: Deus vai visitar o seu povo”, acrescentou.
Bento XVI pediu orações para que “todos os homens procurem Deus, descobrindo que é o próprio Deus a vir visitar” cada um, “no mistério do seu Natal”.
Nas saudações em várias línguas, o Papa sublinhou a importância de os fiéis serem capazes de “fortalecer” a sua fé a partir da celebração do nascimento de Jesus.
“Desejo a cada um de vós – e de modo particular às pessoas que se sentem sós, aos doentes, aos que têm de enfrentar as dificuldades da vida – paz, calor e amor; para todos, esperança, perdão e reconciliação”, declarou, antes de se despedir com votos de “muita serenidade” para as festas do Natal.
OC