Ebrahim Raisi apreciou os apelos de Francisco para um cessar-fogo em Gaza
Cidade do Vaticano, 06 nov 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco conversou telefonicamente com o presidente do Irão, Ebrahim Raisi, na tarde deste domingo, sobre o conflito que opõe Israel ao movimento islamita Hamas, confirmou o porta-voz do Vaticano.
O presidente do Irão Ebrahim Raisi apreciou os apelos do Papa para um cessar-fogo em Gaza, informa a página da presidência iraniana na internet, divulga o portal ‘Vatican News’.
Na manhã deste domingo, Francisco já tinha repetido o apelo em favor da paz, após a oração do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício, partilhando que continua “a pensar na grave situação na Palestina e Israel, onde muitíssimas pessoas perderam a vida: “Peço que parem, em nome de Deus, cessem o fogo!”.
“Que se libertem imediatamente os reféns – entre eles há também muitas crianças – e que voltem às suas famílias; Pensemos nas crianças, em todas as crianças afetadas por esta guerra, bem como na Ucrânia e noutros conflitos. Assim se está a matar o seu futuro. Rezemos para que se tenha a força de dizer basta”, acrescentou.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, disse que a conversa telefónica com o Papa realizou-se a pedido do chefe de Estado do Irão.
Na última quinta-feira (2 de novembro), o Papa conversou telefonicamente com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e já conversara telefonicamente sobre o conflito que opõe Israel ao movimento islamita Hamas com o presidente dos EUA, Joe Biden (22 de outubro), e com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (26 de outubro).
Uma série de ataques terroristas do Hamas, a 7 de outubro, contra populações israelitas, provocou a morte de mais de 1400 pessoas, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
A retaliação israelita contra o território incluiu bombardeamentos, cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível, além de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza, provocando mais de 9200 mortos, entre os quais quase 4 mil crianças, segundo um relatório do Ministério da Saúde local.
“Dois povos que devem viver juntos. Com essa solução sábia: dois povos, dois estados. O acordo de Oslo: dois estados bem delimitados e Jerusalém com um estatuto especial”, reafirmou o Papa Francisco, sobre a posição da Santa Sé, no dia 1 de novembro, ao canal de televisão italiano Rai Uno.
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