Francisco recebeu no 40.º congresso internacional dos Pueri Cantores, incluindo quatro grupos portugueses
Cidade do Vaticano, 31 dez 2015 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje em audiência cerca de seis mil participantes no 40.º congresso internacional dos ‘Pueri Cantores’, incluindo quatro grupos portugueses, e conversou com as crianças sobre si e a música.
“Um dia em casa, à mesa, perguntaram-me o que é que queria ser quando fosse grande. Sabem o que é que respondi? Homem do talho”, revelou, perante as gargalhadas dos mais pequenos, num clima informal.
Depois de explicar que gosta de ouvir cantar mas que canta como “um asno”, Francisco respondeu a várias das perguntas feitas pelas crianças, lamentando que muitas vezes haja mais tendência para “ver as coisas feias do que as bonitas”.
“O diabo faz das suas – isso é verdade -, mas também Deus faz das suas: tanta gente santa!”, referiu.
O Papa realçou que o bem “não tem rating, não tem publicidade” nos jornais ou nas televisões, e recomendou às crianças que rezem sempre para pedir a ajuda de Deus.
“Eu também me zango, mas não mordo”, gracejou, antes de alertar os meninos e meninas para as consequências do “rancor”, algo como “lavar os dentes com vinagre”.
No último dia do ano, Francisco propôs como objetivo para 2016 “rezar um pouco mais”, tendo em atenção que, para um bispo, a primeira missão é “a oração”.
Perante os pequenos cantores, o Papa lembrou que cresceu a ouvir ópera na rádio, todos os sábados, e defendeu que o canto “educa a alma”.
Dezenas de crianças portuguesas encontraram-se com o Papa em Roma, onde foram cantar pela paz, no dia 1 de janeiro, numa iniciativa inserida no congresso internacional dos Pueri Cantores.
A iniciativa conta pela primeira vez com coros de Portugal: os “Pequenos Cantores dos Jerónimos” e os “Pueri Cantorum Associação Cultural”, ambos do Patriarcado de Lisboa; os “Pueri Cantores S. Cristóvão de Ovar”, da Diocese do Porto; e os “Schola Cantorum”, da Diocese de Santarém.
OC