Leão XIV evoca aniversário da cimeira de Helsínquia, que marcou viragem na «Guerra Fria»

Cidade do Vaticano, 30 jul 2025 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje a sua condenação do ” brutal ataque terrorista” que aconteceu na noite entre o 27 e o 28 de julho, na República Democrática do Congo (RDC), contra uma comunidade católica.
“Ao confiar as vítimas à misericórdia amorosa de Deus, rezo pelos feridos e pelos cristãos de todo o mundo que continuam a sofrer violência e perseguição, exortando aqueles que têm responsabilidades locais e internacionais a trabalharem em conjunto para evitar tragédias semelhantes”, disse Leão XIV, no final da audiência pública semanal, na Praça de São Pedro.
O ataque na aldeia de Komanda, no leste da RDC, que fez mais de 40 mortos às mãos das Forças Armadas Democráticas Africanas (ADF), que assassinaram pessoas na igreja, durante uma vigília de oração, e nas suas casas.
O Papa evocou ainda o 50.º aniversário, a 1 de agosto, da assinatura da Ata Final de Helsínquia, na Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa, que marcou “uma nova era geopolítica, fomentando uma aproximação entre o Leste e o Ocidente”.
Leão XIV assinalou que este documento “marcava também um interesse renovado pelos direitos humanos, com particular atenção à liberdade religiosa, considerada um dos fundamentos da arquitetura nascente de cooperação de Vancouver a Vladivostok”.
A “participação ativa” da Santa Sé na Conferência de Helsínquia, disse ainda, “contribuiu para fomentar o compromisso político e moral com a paz”.
“Hoje, mais do que nunca, é essencial preservar o espírito de Helsínquia, perseverar no diálogo, reforçar a cooperação e fazer da diplomacia o caminho preferencial para prevenir e resolver conflitos”, apelou o Papa.
OC