Grupo ligado ao Estado Islâmico matou 43 pessoas, incluindo nove crianças

Cidade do Vaticano, 28 jul 2025 (Ecclesia) – O Papa condenou hoje o ataque atribuído a um grupo ligado ao Estado Islâmico (EI), que matou pelo menos 43 pessoas numa igreja católica, entre sábado e domingo, na República Democrática do Congo (RDC).
“Sua Santidade o Papa Leão XIV tomou conhecimento com consternação e profunda aflição do ataque perpetrado contra a paróquia Bienheureuse-Anuarite de Komanda, na província de Ituri, que causou a morte de vários fiéis, reunidos para o culto”, refere uma mensagem dirigida a D. Fulgence Muteba Mugalu, presidente da Conferência Episcopal da RDC.
O texto foi enviado através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, e divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.
Leão XIV “associa-se ao luto das famílias e da comunidade cristã, gravemente afetadas, manifestando-lhes a sua proximidade e assegurando-lhes as suas orações”.
“Esta tragédia convida-nos a trabalhar ainda mais pelo desenvolvimento humano integral da população martirizada desta região”, acrescenta a mensagem.
Sua Santidade implora a Deus para que o sangue destes mártires seja uma semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês.”
A Missão de Estabilização das Nações Unidas para a República Democrática do Congo (MONUSCO) condenou “veementemente” o ataque ocorrido durante a noite de 26 para 27 de julho.
De acordo com relatórios oficiais, o ataque perpetrado por elementos do grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF) resultou na morte de pelo menos 43 civis (19 mulheres, 15 homens e nove crianças).
“A maioria das vítimas teria sido morta com armas brancas dentro de um local de culto. Várias pessoas foram sequestradas. Casas e lojas também foram incendiadas, agravando ainda mais a situação humanitária já extremamente preocupante na província”, indica a MONUSCO.
OC
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