Primeiro de dois dias de viagem inclui encontros com líderes muçulmanos e coptas
Cairo, 28 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco chegou hoje ao Cairo para uma visita de dois dias ao Egito, com atenções centradas no diálogo inter-religioso e na promoção da paz.
O Papa falou aos cerca de 70 jornalistas que o acompanham na visita, para falar de uma viagem “muito intensa” de “unidade e de fraternidade”, que decorre em menos de 48 horas.
O líder da Igreja Católica foi recebido por representantes do Governo, da Igreja Católica e dos Coptas ortodoxos, após um voo de três horas, e seguiu para o Palácio Presidencial de Heliópolis, onde decorreu a cerimónia de boas-vindas.
Francisco foi recebido pelo presidente da República do Egito, Abdel-Fattah Al-Sìsi, com honras militares, antes de um encontro privado, com troca de presentes.
Sob fortes medidas de segurança, o Papa circula num veículo de gama média, um carro não blindado, com a janela aberta, saudando as pessoas.
O programa do dia prossegue no Complexo de Al-Azhar, a mais conceituada instituição teológica e de instrução religiosa do Islão sunita no mundo e a mais antiga universidade islâmica, tendo sido construída em 969.
Antes de participar da Conferência Internacional sobre a Paz, que ali decorre, Francisco faz uma visita de cortesia ao reitor da Universidade, que é também o grande-imã da Mesquita, xeque Ahmad Al-Tayeb, no segundo encontro entre os dois, depois da visita do imã ao Vaticano, em 2016.
O Papa vai reunir-se em seguida com Tawadros II de Alexandria (Papa da Igreja Copta Ortodoxa) na sede do Patriarcado.
O bairro cristão do Cairo foi alvo de um atentado terrorista em dezembro de 2016, quando uma bomba explodiu na capela de São Pedro, provocando 29 mortes.
O primeiro dia da viagem conclui-se às 18h40 (menos uma em Lisboa), com a chegada do pontífice à Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé), onde será acolhido por um grupo de crianças da Escola Comboniana do Cairo.
Esta é a primeira visita de um Papa ao Egito desde a passagem de João Paulo II pelo país, no Jubileu de 2000.
OC