Forças de segurança devem ser «instrumentos de reconciliação» disse Francisco na Praça de São Pedro
Cidade do Vaticano, 30 abr 2016 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje no Vaticano aos militares e polícias que “sejam instrumentos de reconciliação” e “semeadores da paz”, durante a celebração do jubileu das forças armadas e de segurança de todo o mundo.
Na sua intervenção, Francisco salientou que as forças militares e policiais têm não só por missão “prevenir, mediar ou pôr fim aos conflitos", mas também "contribuir para a construção de uma ordem baseada na verdade e na justiça, no amor e na liberdade”.
“Nas vossas famílias, nos vários âmbitos do vosso trabalho, sejam instrumentos de reconciliação, construtores de pontes e semeadores de paz”, desafio o Papa argentino.
A audiência deste sábado, na Praça de São Pedro, foi marcada pelo jubileu dos militares e polícias e levou a Roma peregrinos das mais variadas partes do mundo, incluindo de Portugal.
O Papa dedicou especial atenção ao conceito de reconciliação, considerando-o como chave para entender o Jubileu da Misericórdia que a Igreja Católica está a celebrar.
“A reconciliação é também um serviço pela paz, pelo reconhecimento dos direitos fundamentais das pessoas, da solidariedade e do acolhimento a todos”, apontou Francisco, desafiando os membros das forças da ordem a “não perderem o ânimo”, apesar dos desafios atuais.
"Construir a paz não é uma tarefa fácil, sobretudo pela guerra que endurece o coração e dissemina a violência e o ódio. Mas continuem o vosso caminho, façam ressoar no mundo a esperança cristã da vitória do amor sobre o ódio, da paz sobre a guerra”, exortou.
Este domingo, o jubileu das forças armadas vai prosseguir com uma missa na Basílica de São Pedro presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
O evento insere-se no Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja Católica vive até 20 de novembro, e no trigésimo aniversário da promulgação da Constituição Apostólica ‘Spirituali Militum Curae’.
Um documento “com a qual se dá uma nova regulamentação à assistência espiritual aos militares”, do Papa São João Paulo II.
JCP