Francisco bateu recorde de viagens internacionais
Cidade do Vaticano, 17 dez 2019 (Ecclesia) – O Papa celebra hoje o seu 83.º aniversário, depois de um ano de pontificado em que bateu o recorde de viagens internacionais, num total de sete visitas, que o levaram a 11 países.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.
Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.
O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.
Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o.”
O cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.
Para assinalar o 83.º aniversário de Jorge Mario Bergoglio, estreia na Itália o filme “O nosso Papa”, dirigido por Marco Spagnoli e Tiziana Lupi, inspirado no livro homónimo de Lupi que relata a vida de Francisco, desde a infância.
No último dia 13, o Papa celebrou 50 anos de ordenação sacerdotal.
O Papa fez até hoje 32 viagens internacionais, nas quais visitou 49 países, passando pelo Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia e Japão; as cidades de Estrasburgo (França), onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).
Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas ‘Laudato si’, dedicada a questões ecológicas, a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e as exortações apostólicas ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho), ‘Amores Laetitia’ (A alegria do amor), “Gaudate et Exsultate” (sobre o chamamento à santidade no mundo atual) e “Christus Vivit”, dedicado aos jovens
Durante o seu pontificado, Francisco promoveu o Sínodo sobre a Família, em duas sessões (2014 e 2015), com consultas alargadas às comunidades católicas; o Sínodo sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, que contou com um a reunião pré-sinodal composta por quatro centenas de jovens de todo o mundo (2018); e o Sínodo especial para a Amazónia, no último mês de outubro.
O Papa promoveu ainda um Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), terceiro ano santo extraordinário na história da Igreja Católica, durante o qual canonizou Madre Teresa de Calcutá, e um Ano da Vida Consagrada.
OC