Vaticano: Papa celebra 79.º aniversário

Festa começou um dia antes, na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 17 dez 2015 (Ecclesia) – O Papa celebra hoje o seu 79.º aniversário, num dia que começa com a habitual Missa diária às 07h00 de Roma (menos uma em Lisboa) e prossegue com a habitual agenda de encontros.

Esta manhã, o Papa Francisco para além da audiência aos embaixadores da Guiné, Letónia, Índia e Barém, para apresentação de credenciais, recebeu também cerca de 60 crianças e jovens da Ação Católica Italiana, para as felicitações de Natal, que lhe cantaram os parabéns e oferecem um bolo de aniversário.

A celebração, no entanto, tinha começado já esta quarta-feira, no final da audiência pública semanal, com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro a cantar os "parabéns"; Francisco recebeu ainda um bolo especial, em forma de "sombrero", oferecida por uma jornalista em nome do povo mexicano, que o aguarda na visita marcada para fevereiro de 2016.

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936, filho de emigrantes italianos, e trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia antes do curso teológico.

Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.

O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.

Tem como lema "Miserando atque eligendo", frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: "Olhou-o com misericórdia e escolheu-o."

O cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito; assumiu o inédito nome de Francisco, é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.

Em 32 meses, o Papa argentino visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados Unidos da América, Quénia, Uganda e República Centro-Africana, bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia) e Sarajevo (Bósnia-Herzegovina).

Realizou também dez viagens em Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa e uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial, para além de outras visitas a paróquias na Diocese de Roma.

As Filipinas acolheram a 18 de janeiro a maior celebração do atual pontificado, junto ao estádio -Quirino Grandstand-, na área do Parque Rizal, com seis milhões de participantes, o que representa um recorde na história da Igreja Católica.

Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas 'Laudato si', dedicada a questões ecológicas, a 'Lumen Fidei' (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica 'Evangelii Gaudium' (A alegria do Evangelho).

O Papa promoveu um Sínodo sobre a Família, em duas sessões, com consultas alargadas às comunidades católicas, e deu início ao Jubileu da Misericórdia, terceiro ano santo extraordinário na história da Igreja Católica, 50 anos depois do encerramento do Concílio Vaticano II.

OC

Notícia atualizada às 13h23

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Agência ECCLESIA

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