Vaticano: Papa associa-se a Dia Mundial para a Erradicação da Miséria

Francisco defende direito ao desenvolvimento de todas as pessoas e pede combate à «pobreza extrema»

Cidade do Vaticano, 14 out 2015 (Ecclesia) – O Papa associou-se hoje no Vaticano ao Dia Mundial para a Erradicação da Miséria, que se celebra a 17 de outubro, e defendeu os direitos “fundamentais” de todos os seres humanos.

“Este dia propõe-se aumentar os esforços para eliminar a pobreza extrema e a discriminação, assegurando que cada um possa exercitar plenamente os seus direitos fundamentais”, disse Francisco, durante a audiência pública que decorreu na Praça de São Pedro, perante cerca de 30 mil pessoas.

“Estamos todos convidados a tornar nossa esta intenção, para que a caridade de Cristo chegue e alivie os irmãos e irmãs mais pobres e abandonados”, acrescentou.

Para assinalar esta data, a EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza está a organizar a campanha nacional ‘A pobreza não…’, que pretende sensibilizar para “as múltiplas questões da pobreza”.

Ainda hoje, o Papa enviou uma mensagem aos participantes no III Fórum Mundial do Desenvolvimento Económico Local, que decorre em Turim, considerando “urgente e indispensável” a concretização da ‘Agenda 2030’, da ONU.

“A medida e o indicador mais simples e adequado para o cumprimento da nova agenda para o desenvolvimento será o acesso efetivo, prático e imediato, para todos, aos bens materiais e espirituais indispensáveis”, precisou.

Entre esses bens estão a habitação, o trabalho digno, a alimentação, a água potável, a liberdade religiosa e a “liberdade de espírito e de educação.

Segundo o Papa, a única forma de atingir estes objetivos é “trabalhar a nível local”.

“As recorrentes crises mundiais demonstraram que as decisões económicas que procuram promover o progresso de todos através da criação de novos consumos e do aumento permanente do lucro são insustentáveis para o próprio andamento da economia global”, alertou.

Nesse sentido, falou mesmo de decisões “imorais” que deixam de fora das preocupações económicas a questão do que é “correto” e do “bem comum”.

Francisco apela por isso à criação de economias e empresas “livres” da ideologia, de “manipulações” políticas e da lei do “lucro a todo o custo”, para que possam estar “verdadeiramente ao serviço de todos e reintegrem os excluídos na vida social”.

OC

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