Vaticano: Papa assinala Dia Mundial das Doenças Raras

Francisco pede solidariedade para as famílias dos doentes e reza pelas crianças

Cidade do Vaticano, 28 fev 2021 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje no Vaticano o 14.º Dia Mundial das Doenças Raras, recordando os doentes, em particular as crianças, e as suas famílias.

“Encorajo as iniciativas que promovem a investigação e o cuidado, manifestando a minha proximidade aos doentes, às famílias, mas especialmente às crianças”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

O tradicional encontro dominical na Praça de São Pedro contou com a presença de algumas associações, empenhadas neste campo.

“No caso das Doenças Raras, é mais importante do que nunca a rede de solidariedade entre as famílias, promovida pelas associações”, assinalou Francisco.

O Papa sublinhou a necessidade de ajudar as famílias, para que ninguém se sinta só, partilhando “experiências e conselhos”.

“Estejam perto das crianças doentes, que sofrem, rezem por elas, façam-lhes sentir a carícia do amor de Deus, da sua ternura”, pediu.

Francisco convidou a cuidar das crianças também com a oração, “quando há estas doenças que não se sabe o que são ou quando há um diagnóstico um pouco triste”.

A Santa Sé divulgou uma mensagem para este dia mundial, sublinhando que mais de seis mil doenças são classificadas como raras e 70% das mesmas começam na infância.

“As pessoas que vivem com uma doença rara estão entre os grupos mais vulneráveis da sociedade”, adverte o texto assinado pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O Vaticano considera que as doenças raras são muitas vezes “negligenciadas”, por falta de “conhecimentos médicos” e de apoio para as “necessidades económicas, educacionais e sociais”.

“A pandemia de Covid-19 exacerbou muitos dos desafios difíceis que esses pacientes enfrentam todos os dias, juntamente com as suas famílias e cuidadores. Limitações, atrasos e às vezes até a interrupção e negação de tratamentos, medicamentos, exames diagnósticos e terapias de reabilitação tiveram e continuam a ter graves repercussões na sua saúde psicofísica”, indica o cardeal Turkson.

As doenças raras são doenças crónicas, graves e degenerativas que colocam em risco a vida dos doentes.

OC

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Agência ECCLESIA

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