Vaticano: Papa assinala 80.º aniversário do desembarque na Normandia, homenageando heróis da paz

Francisco alerta para «possibilidade de um conflito generalizado», na atualidade

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 05 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa associou-se hoje à celebração que decorreu Catedral de Bayeux, França, para comemorar o 80.º aniversário do desembarque dos Aliados na Normandia, durante a II Guerra Mundial.

“Recordamos o colossal e impressionante esforço coletivo e militar realizado para restaurar a liberdade. E pensamos também no custo desse esforço: estes imensos cemitérios onde se alinham milhares de sepulturas de soldados – na sua maioria muito jovens, e muitos deles vindos de longe – que deram heroicamente a sua vida, pondo assim fim à II Guerra Mundial”, refere, num texto divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

Francisco recorda a “catástrofe” deste conflito, que decorreu entre 1939 e 1945, “no qual tantos homens, mulheres e crianças sofreram, tantas famílias foram dilaceradas e tanta ruína foi provocada”.

“Seria inútil e hipócrita recordá-lo sem o condenar e rejeitar de uma vez por todas”, apontou.

Rezemos pelas vítimas das guerras, tanto do passado como do presente. Que Deus acolha todos os que morreram nesses terríveis conflitos e venha em auxílio de todos os que sofrem hoje; os pobres e os fracos, os idosos, as mulheres e as crianças são sempre as primeiras vítimas destas tragédias”.

O Papa assume a sua preocupação com a “possibilidade de um conflito generalizado”, em particular por entender que as pessoas estão “gradualmente a familiarizar-se com esta possibilidade inaceitável”.

“As pessoas querem a paz! Querem condições de estabilidade, de segurança e de prosperidade em que todos possam cumprir os seus deveres e destinos em paz. Destruir esta nobre ordem de coisas por ambições ideológicas, nacionalistas ou económicas é um grave erro perante a humanidade e perante a história, um pecado perante Deus”, escreve.

Francisco convida a rezar para mudar o coração dos “homens que querem as guerras” e “as provocam sem sentido, que as mantêm e prolongam inutilmente, ou que cinicamente lucram com elas”.

“Que Deus ilumine os seus corações e lhes ponha diante dos olhos o rasto de desgraças que provocam”, refere.

OC

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