Vaticano: Papa assinala 75.º aniversário da declaração dos Direitos Humanos, evocando vítimas da guerra

«Compromisso pelos Direitos Humanos nunca acabou» – Francisco

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 10 dez 2023 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje, no Vaticano, o 75.º aniversário da declaração dos Direitos Humanos, adotada a 10 de dezembro de 1948, pela ONU.

“Ela é como uma via mestra, na qual foram dados foram muitos passos. Mas faltam ainda muitos e, às vezes, infelizmente, volta-se para trás”, advertiu.

“O compromisso pelos Direitos Humanos nunca acabou”, acrescentou Francisco, falando desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

O Papa mostrou-se próximo de todos os que “na vida concreta de todos os dias lutam e pagam, pessoalmente, o custo de defender os direitos de quem não conta”.

“Continuemos a rezar pelas populações que sofrem por causa da guerra. Vamos a caminho de Natal: seremos capazes, com a ajuda de Deus, de dar passos concretos de paz?”, apelou.

Não é fácil, sabemos, certos conflitos têm raízes históricas profundas, mas também temos o testemunho de homens e mulheres que trabalharam com sabedoria e paciência pela convivência pacífica”.

Falando da guerra entre Israel e o Hamas, Francisco pediu que se desenvolvam todos os esforços para “enfrentar e remover as causas do conflito”.

“A propósito de Direitos Humanos, que se protejam os civis, os hospitais, os lugares de culto, que os reféns sejam libertados e se garantam ajudas humanitárias. Não esqueçamos a martirizada Ucrânia, a Palestina, Israel”, insistiu.

O Papa saudou a libertação de um “número significativo” de prisioneiros arménios e azeris. Olho com grande esperança este sinal positivo para a relação entre a Arménia e o Azerbaijão, apelando à “paz na Cáucaso meridional”, região marcada pelo conflito no Nagorno-Karabakh.

“Encorajo as partes e os seus líderes a concluir, quanto antes, o tratado de paz”, prosseguiu.

Francisco aludiu ainda aos trabalhos da COP28, que decorre no Dubai.

“Peço que rezem para que se chegue a um bom resultado para o cuidado da nossa casa comum e a tutela das populações”, declarou.

A intervenção concluiu-se com uma oração pelas vítimas do incêndio que aconteceu há dois dias no Hospital Giovanni Evangelista, que deflagrou na noite de sexta-feira, no Município de Tivoli, perto de Roma.

OC

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Agência ECCLESIA

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