Vaticano: Papa apresenta Virgem Maria como exemplo de fé humilde e solidária

Catequese de Francisco foi proferida na presença da imagem da Capelinha das Aparições

Cidade do Vaticano, 12 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que Maria é um exemplo de fé para todos os cristãos, numa catequese proferida junto da imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda da Capelinha das Aparições.

“Toda a sua vida foi seguir o seu Filho: Ele é a estrada, Ele é o caminho! Progredir na fé, avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé, não é senão seguir a Jesus; ouvi-lo e deixar-se guiar pelas suas palavras”, afirmou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a Jornada Mariana do Ano da Fé.

Francisco destacou a “humildade, misericórdia, solidariedade” que derivam desta fé, a qual leva também à “firme repulsa da hipocrisia, do fingimento, da idolatria”.

“O caminho de Jesus é o do amor fiel até ao fim, até ao sacrifício da vida: é o caminho da cruz”, sustentou.

O Papa disse ainda que a fé de Maria permitiu que Deus “tomasse carne”, algo que se deve repetir na vida de cada católico, “para que Ele possa continuar a habitar no meio dos homens”.

“(Isso) significa oferecer-lhe as nossas mãos, para acariciar os pequeninos e os pobres; os nossos pés, para ir ao encontro dos irmãos; os nossos braços, para sustentar quem é fraco e trabalhar na vinha do Senhor; a nossa mente, para pensar e fazer projetos à luz do Evangelho; e sobretudo o nosso coração, para amar e tomar decisões de acordo com a vontade de Deus”, prosseguiu.

Francisco declarou que a imagem vinda de Fátima ajuda os presentes a “sentir a sua presença” como “uma mulher de fé, uma verdadeira crente”.

Nesse sentido, a catequese centrou-se sobre a “fé de Maria”, capaz de desatar o “nó” da incredulidade, um problema que o Papa comparou ao que acontece “quando uma criança desobedece à mãe ou ao pai”.

“Algo parecido acontece no nosso relacionamento com Deus. Quando não o escutamos, não seguimos a sua vontade e realizamos ações concretas em que demonstramos falta de confiança nele – isto é o pecado –, forma-se uma espécie de nó dentro de nós”, precisou.

Estes “nós” tiram “a paz e a serenidade” às pessoas, acrescentou Francisco.

Maria, vincou Francisco, é alguém que “precede”, “acompanha e sustenta” os católicos no seu caminho de fé.

“A fé de Maria enfrentou a incompreensão e o desprezo; quando chegou a «hora» de Jesus, a hora da paixão, então a fé de Maria foi a pequena chama na noite”, recordou.

Esse percurso encontrou o seu “ponto culminante” com a “a alegria da fé, a fé cristã na morte e ressurreição de Jesus Cristo”.

“Como está a nossa fé? Temo-la, como Maria, acesa mesmo nos momentos difíceis, de escuridão? Tenho a alegria da fé?”, questionou o Papa.

A oração concluiu-se com Francisco a dirigir-se diretamente para a imagem da Capelinha das Aparições: “Esta noite, ó Maria, nós te agradecemos pela tua fé e renovamos a nossa entrega a ti, Mãe da nossa fé”.

Ao som do ‘Avé de Fátima’ e saudada por lenços brancos, a imagem de Nossa Senhora de Fátima seguiu para o Santuário do Divino Amor, para a oração ‘Com Maria para além da noite’, evento organizado pelo Vicariato de Roma e patrocinado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

OC

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