Vaticano: Papa apela ao fim da «inaceitável carnificina» na Síria

Francisco lamentou hoje o «horror» que se abateu sobre a cidade de Idlib, onde um ataque quimico matou 72 pessoas

Cidade do Vaticano, 05 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa exortou, hoje no Vaticano, as autoridades e lideres internacionais a colocarem um ponto final na guerra da Síria, na sequência de um alegado ataque com armas químicas que vitimou 72 pessoas, entre as quais 20 crianças.

Durante a audiência pública desta manhã, na Praça de São Pedro, Francisco manifestou o seu “horror” por mais esta tragédia que se abateu sobre o povo sírio, que há mais de seis anos sofre as consequências de um conflito entre o governo de Bashar al-Assad e forças rebeldes contrárias ao regime.

“Lamento profundamente a inaceitável carnificina que teve lugar esta terça-feira na província de Idlib, onde uma multidão de pessoas indefesas, incluindo muitos meninos e meninas, foram mortos”, salientou.

Uma comissão de inquérito da Organização das Nações Unidas já está a investigar o alegado ataque com armas químicas à localidade de Idlib, atualmente sob o domínio das forças rebeldes.

Num comunicado, o grupo de especialistas da ONU já frisou que o uso de armas químicas será sempre considerado um crime de guerra e uma séria violação dos direitos humanos.

Além do número de mortos já referido, o ataque de ontem provocou dezenas de feridos entre a população civil de Idlib, de onde chegam relatos também de um ataque que terá sido levado a cabo ao hospital que acolheu as vítimas.

No seu encontro com os peregrinos, o Papa disse estar a rezar por todas as pessoas atingidas por este drama, em especial pelos que perderam a vida e pelas suas famílias.

E apelou “à consciência daqueles que têm responsabilidades políticas, a nível local ou internacional, para que coloquem um fim a esta tragédia e que tragam alívio às populações que há tanto tempo – e tão duramente – têm vindo a ser testadas pela guerra”

O Papa argentino deixou palavras de encorajamento para todos quantos, sem olharem à sua segurança, continuam todos os dias a trabalhar no apoio às populações sírias.

Francisco não deixou ainda de recordar, durante a sua intervenção, as vítimas do atentado ocorrido na última segunda-feira em São Petersburgo, na Rússia, onde um homem suicida acionou uma bomba no metro da cidade, matando pelo menos 11 pessoas e ferindo outras 40.

"O meu pensamento vai neste momento para o grave atentado de há dois dias em São Petersburgo", salientou o Papa, que lembrou na sua catequese que um conflito não se resolve “respondendo ao mal com o mal, mas perdoando, sem vingança”.

JCP

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Agência ECCLESIA

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