Francisco recordou famílias cristãs no território sob ataque das forças turcas
Cidade do Vaticano, 13 out 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje ao diálogo para superar os conflitos que afetam a Síria e o Equador, recordando em particular a situação das famílias cristãs na fronteira junto à Turquia.
“O meu pensamento vai mais uma vez para o Médio Oriente, em particular para a amada e martirizada Síria, de onde chegam de novo notícias dramáticas sobre a sorte das populações do nordeste do país, obrigada a abandonar as próprias casas por causa das ações militares”, denunciou, antes da recitação da oração do ângelus, na Praça de São Pedro.
Perante dezenas de milhares de pessoas que acompanhar a Missa com cinco canonizações, no Vaticano, Francisco recordou que a intervenção militar da Turquia no nordeste da Síria afeta “muitas famílias cristãs”.
“A todos os envolvidos e à comunidade internacional, por favor: renovo o apelo a um compromisso sincero no caminho do diálogo, para procurar soluções eficazes”, declarou.
Segundo a ONU, mais de 130 mil pessoas deixaram as suas casas nas cidades de Tal Abyad e Ras al-Ain, desde que a ofensiva turca começou no nordeste da Síria, na quarta-feira, informou hoje a ONU (Organização das Nações Unidas).
A Turquia declarou que o objetivo da ofensiva é combater e afastar da região a milícia curdo-síria Unidades de Proteção Popular (YPG, integrante das FDS), que os turcos consideram uma organização terrorista.
O Papa Francisco disse ainda acompanhar, com todos os membros do Sínodo especial para a Amazónia, a situação no Equador.
“Sigo com preocupação o que está a acontecer nas últimas semanas nesse país. Confio-o à oração comum e à intercessão dos novos santos, unindo-me à dor pelos mortos e os feridos”, declarou.
Depois de mais de uma semana de protestos e confrontos no Equador, os líderes do protesto aceitaram este sábado negociar diretamente com o presidente Lenin Moreno.
O Papa encorajou todos a “procurar a paz social, com particular atenção às populações mais vulneráveis e aos Direitos Humanos”.
A população protesta contra medidas de austeridade no Equador, que fizeram disparar o preço da gasolina e do gasóleo na tentativa de reduzir o défice do país, que chegou recentemente a acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de 3,8 mil milhões de euros.
OC