Vaticano: Papa anuncia documento sobre Coração de Jesus, em mundo que «parece ter perdido o coração»

Texto vai ser publicado em setembro, para reforçar importância de culto com tradição secular, na Igreja

Foto: Santuário de Fátima

Cidade do Vaticano, 05 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa anunciou hoje a publicação de um documento sobre o culto ao Coração de Jesus, no próximo mês de setembro, que visa sublinhar a importância desta tradição espiritual num mundo que “parece ter perdido o coração”.

“Julgo que nos fará muito bem meditar sobre vários aspetos do amor do Senhor que podem iluminar o caminho da renovação eclesial, mas que também dizem algo de significativo a um mundo que parece ter perdido o coração”, disse Francisco, no final da audiência pública semanal.

A intervenção recordou que a 27 de dezembro de 2023 se celebrou o 350.º aniversário da primeira manifestação do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690), iniciando um período de celebrações que se vai concluir a 27 de junho de 2025.

“Apraz-me preparar um documento que reúne as valiosas reflexões dos textos precedentes do magistério e uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para voltar a propor hoje, a toda a Igreja, este culto carregado de beleza espiritual”, adiantou o Papa.

“Peço que me acompanheis, com a oração, neste tempo de preparação, com a intenção de publicar este documento no próximo mês de setembro”, concluiu Francisco.

A solenidade do Coração de Jesus vai ser celebrada na próxima sexta-feira, no calendário litúrgico.

Esta celebração é assinalada por toda a Igreja Católica desde 1856, por decisão do Papa Pio IX; em 1995, São João Paulo II instituiu o Dia Mundial de Oração pela Santificação do Clero, associada à solenidade do Coração de Jesus.

A 27 de dezembro de 1673, Margarida Maria Alacoque, religiosa francesa de 26 anos, teve a primeira de um ciclo de visões do Coração de Jesus, no convento de Paray-le-Monial, na Borgonha, que se prolongou durante 17 anos.

A mensagem da religiosa veio desenvolver uma devoção que já se encontrava na mística alemã do final da Idade Média; São João Eudes, que viveu no século XVII, é apresentado pelo Vaticano como um “apóstolo da devoção ao Coração de Jesus e de Maria”.

OC

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