Vaticano: Papa analisa «A infância de Jesus» em quatro capítulos e um epílogo

Bento XVI comenta genealogia, nascimento, contexto histórico, reis magos, fuga para o Egito e encontro com doutores no templo de Jerusalém

Cidade do Vaticano, 20 nov 2012 (Ecclesia) – O novo livro do Papa Bento XVI, intitulado “A Infância de Jesus”, divide em quatro capítulos o arco histórico que começa na sua genealogia e termina na separação e reencontro com os pais, em Jerusalém.

O primeiro capítulo da obra apresentada hoje no Vaticano é dedicado à ascendência de Jesus narrada nos evangelhos de Mateus e Lucas, diferentes entre si mas com o mesmo significado teológico: o aparecimento na História e a sua origem verdadeira, que marcam um novo início na história do mundo, adianta a Rádio Vaticano.

O anúncio do nascimento de João Batista e de Jesus ocupa a segunda parte da obra, onde Joseph Ratzinger sublinha que Deus, “de certa maneira, fez-se dependente” da humanidade porque se sujeitou ao “‘sim’, não forçado, de uma pessoa humana”, Maria, que aceitou ser mãe.

O contexto histórico do nascimento de Jesus, sob o Império Romano, e o estudo dos elementos que compõem as suas narrativas nos Evangelhos, como a pobreza e o presépio, constituem temas abordados na terceira secção.

A perspetiva sobre os sábios que viram a estrela e a seguiram até ao local do nascimento de Jesus, a que a tradição cristã dá o nome de reis magos, e a fuga de Jesus, Maria e José para o Egito por causa da perseguição da autoridade judaica, ocupam o quarto e último capítulo.

O epílogo acompanha o relato do último episódio da infância, narrado no evangelho segundo São Lucas, quando na peregrinação pascal a Jerusalém, Jesus, então com 12 anos, se afasta de Maria e de José para entrar no templo, onde discutiu com os doutores.

A obra, que chega esta quarta-feira a Portugal e a mais 49 países, tem uma tiragem inicial de mais de um milhão de exemplares em oito línguas (italiano, francês, inglês, espanhol, alemão, português europeu e brasileiro, croata e polaco), adiantou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, acrescentando que estão em preparação traduções num total de 20 idiomas, para publicação em 72 nações.

A Princípia Editora, como já tinha acontecido aquando do segundo volume da trilogia, foi selecionada no âmbito de uma consulta internacional lançada pela editorial italiana Rizzoli, detentora dos direitos mundiais.

Os direitos adquiridos para a língua portuguesa, excetuando o Brasil, incluem as versões impressa, eletrónica e áudio, adiantou o editor Henrique Mota, que se encontrou hoje no Vaticano com o Papa para entregar estas obras.

RV/RJM

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