Vaticano: Papa almoçou hoje com 21 refugiados sírios

Cidade do Vaticano, 11 ago 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco almoçou hoje com os 21 refugiados sírios que acolheu no Vaticano, num reencontro onde foram trocadas prendas e durou cerca de uma hora e quarenta minutos, na Casa de Santa Marta.

A Rádio Vaticano informa que a troca de presentes entre o Papa e os refugiados foi “muito alegre” e Francisco recebeu um álbum com desenhos feitos pelas crianças com representações que narram “a beleza de ter uma casa” e com referências aos “horrores da guerra”.

A frase “estou salvo”, destaca a notícia, “comoveu profundamente” o Papa, bem como os desenhos da Síria devastada por quatro anos de guerra.

Com oito anos, Masa desenhou o Francisco em forma de borboleta e explicou que foi o Papa que os levou “rumo à paz, sobre as suas asas”.

Em nome dos 21 refugiados, Suhila Ayiad disse ao Papa que o encontro era não só “um momento de festa” mas também de uma “grande mensagem de paz e esperança” para a qual não encontrou “palavras para o exprimir”.

Já o Papa agradeceu a confiança que depositaram nele e nos seus colaboradores “sem saber para onde estavam a ir” e revelou-se surpreendido pela alegria de vida das famílias, testemunhado na vivacidade das crianças a quem também entregou um presente.

De recordar que os refugiados sírios estavam em campos na Ilha grega de Lesbos e o Papa Francisco levou para o Vaticano primeiro um grupo de 12 pessoas, três famílias muçulmanas incluindo seis menores, aquando a visita de 16 de abril; Mais tarde, a 16 de junho, o Papa acolheu mais nove refugiados, incluindo dois cristãos, do campo de refugiados de Kara Tepe.

A emissora católica do Vaticano descreve que a mesa dos comensais foi colocada em forma «U» e o menu à base de peixe incluiu batatas fritas para as crianças.

No encontro de cerca de uma hora e quarenta minutos começou às 12h25 locais (menos uma hora em Lisboa) e contou também com a presença do arcebispo Angelo Becciu, da Secretaria de Estado da Santa Sé, com o Comandante da Gendarmaria do Vaticano, Domenico Giani, e os dois polícias responsáveis pelos processos dos refugiados.

A Rádio Vaticano informa que, entre outras pessoas, também estavam presentes Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, instituição que tornou possível o acolhimento das famílias em Roma, e Moustafa Chahade e Youssef Atais, que desempenham o papel de mediadores.

CB

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