Vaticano: Papa alerta para «terríveis consequências» das guerras

Francisco recorda populações da Ucrânia, Palestina e Israel

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 27 dez 2023 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje, no Vaticano, para as consequências “terríveis” da guerra, recordando particularmente as populações da Ucrânia, Palestina e Israel.

“Não nos esqueçamos de rezar por todos aqueles que sofrem as terríveis consequências da violência e da guerra, especialmente pela martirizada Ucrânia e pelos povos da Palestina e de Israel”, disse, no final da audiência pública semanal que decorreu no Auditório Paulo VI.

“A guerra é um mal, rezemos pelo fim das guerras”, acrescentou, perante peregrinos e visitantes de vários países.

A intervenção retomou as preocupações manifestadas pelo Papa na sua mensagem de Natal, em relação aos conflitos que afetam milhões de pessoas, em várias partes do mundo.

A guerra entre Israel e o Hamas começou a 7 de outubro, quando comandos do grupo islamita palestino invadiram território israelita, causando 1200 mortos, centenas de feridos e mais de 200 reféns.

Em resposta, a campanha militar lançada por Israel provocou a morte de cerca de 21 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

“Rezemos com confiança para que o Príncipe da Paz nos conceda a esperança, o amor e a verdadeira paz”, apelou o Papa.

Falando aos peregrinos polacos, Francisco agradeceu o esforço de muitas pessoas “para apoiar as vítimas da guerra na Ucrânia e noutras partes do mundo”.

Foto: Vatican Media

O Papa deixou também uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “As Boas Festas que trocamos sejam expressão da alegria que sentimos por saber que Deus está presente no meio de nós e caminha connosco”.

“A todos desejo um feliz Ano Novo, repleto das bênçãos de Deus Menino”, acrescentou.

A audiência geral marcou o início de um novo ciclo de catequeses, sobre o tema dos “vícios e das virtudes”.

“O orgulho é o início de todos os males”, advertiu Francisco, falando do perigo da “presunção da omnipotência”, por parte dos seres humanos.

A reflexão partiu de uma passagem do livro do Génesis, em que Adão e Eva são tentados por uma serpente, deixando um conselho aos presentes: “Nunca se deve dialogar com o diabo”.

“Fiquem atentos. O diabo é um sedutor. Nunca se deve dialogar com ele, porque ele é mais esperto do que nós e vai fazer-nos pagar. Quando vem uma tentação, não se deve dialogar nunca, mas fechar a porta, fechar a janela, fechar o coração e assim defender-nos dessa sedução, porque o diabo é astuto, é inteligente”, advertiu.

OC

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Agência ECCLESIA

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