Francisco fala em «vermes» que corroem a comunidade eclesial
Cidade do Vaticano, 03 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje no Vaticano para os perigos da “rivalidade e vanglória” na Igreja, que apresentou como “vermes” que corroem a comunidade eclesial.
“Rivalidade e vanglória são dois vermes que tornam fraca a Igreja; é preciso agir, pelo contrário, com espírito de humildade e de concórdia, sem procurar o próprio interesse”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco lamentou que nas instituições da Igreja se encontrem “rivalidades, o fazer-se ver, a vanglória” que atuam contra a “harmonia” e a “concórdia”.
“Buscar o bem do próximo, servir aos outros. Esta é a alegria dos Bispos, quando veem a sua Igreja assim: o mesmo ‘sentir’, a mesma caridade, permanecendo unânimes e concordes. Este é o clima que Jesus quer na Igreja. Pode haver opiniões diferentes, tudo bem, mas sempre dentro desta atmosfera: de humildade, caridade, sem desprezar ninguém”, observou.
Comentando a Carta de São Paulo aos filipenses, o Papa observou que a alegria de um bispo é ver amor, unidade e concórdia na sua Igreja.
“Esta harmonia é uma graça feita pelo Espírito Santo, mas da nossa parte devemos fazer de tudo para ajudar o Espírito Santo a fazer esta harmonia na Igreja”, precisou.
“Ao invés de rivalidade e vanglória, o que aconselha Paulo? ‘Mas cada um de vocês, com toda humildade, considere o outro superior a si mesmo’. Ele sentia isso”, disse ainda.
Francisco citou São Martinho de Porres (1579-1639), “humilde frade dominicano” que a Igreja celebra hoje no seu calendário litúrgico.
“A sua espiritualidade estava no serviço, porque sentia que todos os outros, inclusive os maiores pecadores, eram superiores a ele. Sentia isso realmente”, assinalou.
RV/OC