Cidade do Vaticano, 05 mar 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco alertou hoje que a “mundanidade” anestesia as almas e impede de ver a “realidade” de “tantos pobres”, que mesmo perto são ignorados.
“Com o coração mundano não se pode entender a necessidade dos outros. Com o coração mundano pode-se frequentar a igreja, rezar, fazer tantas coisas”, disse, na homilia da Missa a que presidiu esta manhã.
Segundo Francisco, na história do homem rico e do pobre Lázaro há duas máximas: “Uma maldição para o homem que confia no mundo e uma bênção para quem confia no Senhor.”
Neste contexto, frisou que o coração do homem rico “está adoentado” e de tão apegado aquele modo de viver “dificilmente podia se curar”, sendo este apenas mais “um, na multidão de ricos que não precisam de nada” enquanto o pobre da parábola tem nome.
“E nós se tivermos o coração mundano perderemos o nome mas não somos órfãos. Até ao último momento existe a segurança que temos um Pai que nos espera”, observou, na Capela da Casa de Santa Marta.
A partir da primeira leitura do profeta Jeremias (17, 5-10) explicou ainda que o homem rico “afasta seu coração de Deus” – ‘a sua alma é deserta’ – porque os mundanos “estão sós com o seu egoísmo”.
À “manifestação extraordinária” pedida pelo homem rico depois de morrer, o Papa Francisco assinalou ainda que Jesus referiu “claramente” sobre qual o caminho a seguir e na Igreja “tudo é claro”.
RV/CB