Francisco apresenta reflexão sobre perigos da «ingratidão»
Cidade do Vaticano, 08 out 2023 (Ecclesia) – O Papa agradeceu hoje, no Vaticano, a todos os que acompanham a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorre até 29 de outubro.
“Agradeço a todos os que estão a seguir, sobretudo acompanhando com a oração, o Sínodo em curso, evento eclesial de escuta, partilha, comunhão fraterna no Espírito. Convido todos a confiar os seus trabalhos ao Espírito Santo”, disse, após a recitação da oração do ângelus.
Perante cerca de 25 mil pessoas, reunidas na Praça de São Pedro, Francisco apresentou uma reflexão sobre a “ingratidão”, alertando para a “triste ilusão de não precisar nem de amor nem de salvação”.
A intervenção partiu da passagem do Evangelho segundo São Mateus (Mt 21,33-43), lida nas celebrações dominicais em todo o mundo, na qual Jesus conta a história de um proprietário que confia a sua vinha a trabalhadores, que acabam por se revoltar contra ele e assassinar o seu filho.
O Papa destacou que esta parábola mostra o que acontece quando uma pessoa se torna “prisioneira de sua própria ganância, da necessidade de ter algo a mais do que os outros, de querer sobressair”.
“É todo um processo, que às vezes acontece no coração das pessoas, mesmo no nosso coração”, apontou.
Francisco sublinhou que, na história contada por Jesus, “a ingratidão alimenta a ganância”.
Com esta parábola, Jesus recorda-nos o que acontece quando o homem cai na ilusão de se construir por si mesmo e esquece a gratidão, esquece a realidade fundamental da vida: que o bem vem da graça de Deus, do seu dom gratuito”.
O Papa encerrou a sua reflexão repetindo as três expressões que considera como “o segredo da convivência humana”, isto é, “obrigado, com licença, desculpa”.
“A ingratidão gera violência, tira-nos a paz”, enquanto um simples “obrigado” pode “trazer a paz de volta”, indicou.
OC