Cidade do Vaticano, 07 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa agradeceu hoje no Vaticano as orações pela sua próxima viagem ao México, que se inicia na sexta-feira, e pelo histórico encontro com o patriarca da Igreja Ortodoxa da Rússia, marcado para Cuba.
“Obrigado pelo vosso compromisso de acompanhar com a oração a viagem apostólica ao México que vou fazer nos próximos dias e também o encontro que terei em Havana com o meu caro irmão Cirilo”, disse aos membros da comunidade sacerdotal do Colégio Mexicano de Roma, presentes na Praça de São Pedro.
O Vaticano anunciou na sexta-feira que, pela primeira vez na história, o Papa se vai encontrar com o patriarca ortodoxo de Moscovo, a 12 de fevereiro, na capital de Cuba.
Francisco e Cirilo vão reunir-se Havana, numa escala do Papa a caminho do México, assinando depois assinatura de uma declaração comum; as duas Igrejas estão divididas desde o chamado Cisma do Oriente, em 1054.
A viagem ao México vai decorrer a partir entre os dias 12 e 17 deste mês: no total, o Papa vai percorrer mais de 24 mil quilómetros, o equivalente a mais de meia volta ao mundo, em 12 ligações aéreas, de avião e helicóptero, que implicam quase 36 horas de voo.
A 12ª viagem internacional do pontificado inclui passagens pela Cidade do México, Ecatepec, Tuxtla Gutiérrez e San Cristóbal de Las Casas (Chiapas), Morelia e Ciudad Juárez.
No último dia em solo mexicano, Francisco vai presidir a uma Missa ao ar livre na fronteira entre o México e os Estados Unidos da América, com o objetivo de chamar a atenção dos responsáveis internacionais para os problemas das migrações.
Antes de se despedir dos peregrinos no Vaticano com o tradicional pedido de orações por si, o Papa tinha apresentado uma catequese sobre a importância da misericórdia na missão da Igreja, que passa por “restituir a todos a plena dignidade e liberdade” a todos os homens e mulheres, “através do perdão dos pecados”.
“Isto é o essencial do Cristianismo: difundir o amor regenerador e gratuito de Deus, com atitude de acolhimento e de misericórdia para com todos, para que cada um possa encontrar a ternura de Deus e ter a plenitude de vida”, acrescentou.
Francisco dirigiu-se em particular aos confessores, em seguida: “São os primeiros a ter de dar a Misericórdia de Deus, seguindo Jesus, como fizeram os dois frades santos, padre Leopoldo e padre Pio”, cujos restos mortais estão expostos à veneração dos fiéis no Vaticano.
São Pio de Pietrelcina (Itália, 1887–1968), o ‘padre Pio’, e São Leopoldo Mandic (Croácia, 1866–1942) são figuras admiradas pelo Papa Francisco que dedicaram a sua vida aos outros, no confessionário.
OC