Igreja celebra dia mundial de oração pela santificação dos sacerdotes, a 7 de junho
Cidade do Vaticano, 06 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa agradeceu hoje a missão dos sacerdotes e diáconos de todo o mundo, assumindo a preocupação com o risco da “solidão” que muitos enfrentam.
“Gostaria, antes de mais, de transmitir a minha gratidão, o meu afeto e a minha proximidade aos sacerdotes e aos diáconos de todo o mundo. Muitas vezes adverti contra os perigos do clericalismo e da mundanidade espiritual, mas estou bem consciente de que a grande maioria dos sacerdotes trabalha com tanta generosidade e espírito de fé para o bem do santo Povo de Deus”, declarou, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.
Falando aos participantes da Assembleia Plenária do Dicastério para o Clero (Santa Sé), Francisco destacou o “peso” dos trabalhos, desafios pastorais e espirituais, “que por vezes não são fáceis”.
O Papa manifestou preocupação com a situação de muitos padres, “demasiado sós, sem a graça do acompanhamento, sem aquele sentido de pertença que é como uma boia de salvação no mar, muitas vezes tempestuoso, da vida pessoal e pastoral”.
Tecer uma forte rede de relações fraternas é uma tarefa prioritária da formação permanente: o bispo, os sacerdotes entre si, as comunidades em relação aos seus pastores, os religiosos e religiosas, as associações, os movimentos. É indispensável que os sacerdotes se sintam em casa”.
A intervenção ocorreu na véspera do dia mundial de oração pela santificação dos sacerdotes, que acontece na solenidade litúrgica do Coração de Jesus.
O Papa destacou a necessidade de uma “formação permanente” dos membros do clero, especialmente “num mundo marcado por rápidas mudanças, no qual estão sempre a surgir novas questões e desafios complexos aos quais responder”.
“Não podemos ter a ilusão de que a formação no Seminário seja suficiente, lançando de uma vez por todas uma base segura”, observou, convidando os sacerdotes e formadores a “encontrar as linguagens adequadas para a evangelização”.
O discurso desta manhã aludiu ainda ao “cuidado das vocações”, na Igreja, incluindo a vocação ao matrimónio, considerando que, para muitos jovens, “a hipótese de uma oferta radical de vida desapareceu do horizonte”.
O Papa abordou também o papel dos diáconos permanentes, assumindo que permanecem perguntas por responder sobre “a identidade específica” deste ministério, nas comunidades católicas.
“Trabalhai sempre para que o povo de Deus tenha pastores segundo o coração de Cristo e cresça na alegria do discipulado”, concluiu.
OC