Francisco recebeu uma delegação da rede «Talitha Kum» e convidou a agir perante «fenómeno mundial que faz milhões de vítimas e não para»
Cidade do Vaticano, 07 fev 2025 (Ecclesia) – O Papa Francisco denunciou hoje, no Vaticano, o crime de tráfico humano, convidando a agir perante um “flagelo social”.
“O tráfico de corpos, a exploração sexual, incluindo de rapazes e raparigas, e o trabalho forçado são uma vergonha e uma violação muito grave dos direitos humanos fundamentais”, afirmou o Papa, no encontro com uma delegação da rede “Talitha Kum”, que decorreu na Casa de Santa Marta.
A Igreja Católica celebra este sábado o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, festa de Santa Bakhita, mulher e religiosa sudanesa vítima de tráfico.
No discurso divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Papa afirmou aos membros da rede mundial da Igreja Católica contra o tráfico de pessoas que este é “um fenómeno mundial que faz milhões de vítimas e não pára”, encontrando sempre “novas formas de se insinuar” nas “sociedades, em todas as latitudes”.
“Perante este drama, não podemos ficar indiferentes e, tal como vós, temos de unir as nossas forças, as nossas vozes e chamar cada um às suas responsabilidades, para lutar contra esta forma de criminalidade que lucra à custa da pele das pessoas mais vulneráveis”, pediu.
O Papa apelou a não ficar indiferente a que tantas irmãs e irmãos sejam explorados “de forma tão desprezível”.
Francisco agradeceu o serviço que a rede “Talitha Kum” que se encontra no Vaticano para a semana de mobilização e oração contra o tráfico de pessoas, tendo felicitado de modo especial os “jovens embaixadores contra o tráfico que, com criatividade e energia, estão sempre a encontrar novas formas de sensibilizar e informar”.
O Papa lembrou também Santa Josefina Bakhita, assinalando que a sua história dá muita força, mostrando como, apesar “da injustiça e do sofrimento sofrido, com a graça do Senhor é possível quebrar as correntes”, voltar a ser livre e tornar-se mensageiro de esperança “para outros que estão em dificuldades”.
“Encorajo todas as organizações desta rede e todos os indivíduos que a integram a continuarem a unir esforços, colocando as vítimas e os sobreviventes no centro, ouvindo as suas histórias, cuidando das suas feridas e amplificando as suas vozes. Isto significa ser embaixadores da esperança; e espero que, neste Jubileu, muito mais pessoas sigam o vosso exemplo”, concluiu.
LJ/PR