Vaticano: Papa adia «regresso» à terra natal

Francisco enviou mensagem a conterrâneos a explicar impossibilidade de visitar Argentina em 2017

Cidade do Vaticano, 30 set 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou hoje uma mensagem à população da Argentina, sua terra natal, para explicar que será impossível visitar o país até final de 2016 ou em 2017.

“Vocês não sabem o quanto eu gostaria de voltar a vê-los”, começa por dizer, lamentando não ter podido participar na beatificação de ‘Mamã Antula’ ou de não poder presidir à canonização de José Gabriel del Rosario Brochero, conhecido como o ‘cura brochero’,na Argentina (vai decorrer no Vaticano, a 16 de outubro).

Francisco explica que também não vai poder visitar a Argentina em 2017, “porque já estão agendados compromissos para a Ásia, África”.

“O mundo é maior do que a Argentina, e assim tenho de dividir-me, deixo nas mãos do Senhor para que Ele me indique a data”, assinala.

Jorge Mario Bergoglio; atual Papa, eleito a 13 de março de 2013 para suceder a Bento XVI, era arcebispo de Buenos Aires; desde a eleição pontifícia não voltou à Argentina.

Francisco faz questão de sublinhar que viaja “com o passaporte argentino” e que continua a sentir-se argentino, trazendo o seu povo no coração e nas orações de todos os dias.

“É o amor pela pátria que me leva a isso e é o que me leva também a pedir-lhes, mais uma vez, que coloquem a pátria aos ombros, essa pátria que necessita que cada um de nós lhe entregue o melhor de nós mesmos”, refere.

Francisco recorda as belezas e riquezas naturais do seu país, mas ressalta que a maior riqueza da Argentina é o seu povo.

“Esse povo que sabe ser solidário, que sabe caminhar um junto ao outro, que sabe ajudar-se, que sabe respeitar-se, este povo argentino que não fica mal, que sabe encontrar sabedoria, e quando fica mal, os outros o ajudam para que este mal vá embora, acrescenta.

O Papa conclui com uma alusão ao Ano da Misericórdia, propondo que os católicos argentinos realizem uma “obra de misericórdia”.

“São obras concretas de misericórdia que, se cada um de nós fizer uma por dia, ou uma a cada dois dias, é o bem que fazemos ao nosso povo”, explica.

OC

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Agência ECCLESIA

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