Vaticano: Papa aceita renúncia do presidente da Autoridade de Informação Financeira

Cardeal Attilio Nicora, de 76 anos, deixa cargo a seu pedido

Cidade do Vaticano, 30 jan 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco aceitou hoje a renúncia do presidente da Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé, cardeal Attilio Nicora, de 76 anos, anunciou o Vaticano.

“O Santo Padre Francisco aceitou o pedido de sua eminência o cardeal Attilio Nicora de ser dispensado do cargo de presidente da Autoridade de Informação Financeira”, refere uma nota da sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa nomeou como novo presidente interino da AIF o bispo Giorgio Corbellini, presidente do Departamento de Trabalho da Sé Apostólica e da Comissão Disciplinar da Cúria Romana.

O Vaticano publicou a 18 de novembro de 2013 um decreto do Papa Francisco sobre a atividade financeira da Santa Sé, que reforça a vigilância sobre este setor.

A carta apostólica com forma de ‘Motu Proprio’, documento legislativo de iniciativa do Papa, aprovou o novo estatuto da AIF, criada por Bento XVI.

Este novo estatuto distingue as competências e responsabilidades do presidente, do conselho diretivo e da direção para “garantir que a AIF possa desempenhar mais eficazmente as suas funções, com plena autonomia e independência”.

Além disso, Francisco institui um gabinete para a “vigilância preventiva”.

O atual Papa assinou um ‘Motu Proprio’ a 8 de agosto de 2013 e promulgou nova legislação sobre normas em matéria de transparência, vigilância e informação financeira (8 de outubro) para reforçar a ação do Estado da Cidade do Vaticano e da Santa Sé na prevenção de potenciais atividades ilícitas.

Este novo quadro jurídico juntou às funções da AIF definidas por Bento XVI, em dezembro de 2010, a função de “vigilância prudencial” sobre as instituições que desenvolvem profissionalmente atividades de natureza financeira.

As mudanças vão ao encontro das propostas apresentadas pelo relatório do Moneyval (2012), organismo especializado do Conselho da Europa, relativamente à necessidade de uma maior clareza sobre “o papel, a responsabilidade, a autoridade, os poderes e a independência” do AIF.

OC

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