Vaticano: Papa abre caminho à beatificação de Antonio Gaudí

Arquiteto é conhecido pela Basílica da Sagrada Família, em Barcelona

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 14 abr 2025 (Ecclesia)  O Papa aprovou hoje a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” da Antonio Gaudí (1852-1926), arquiteto da Basílica da Sagrada Família, em Barcelona, anunciou hoje o Vaticano.

Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, é agora necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão do venerável.

O decreto foi tornado público após uma audiência concedida por Francisco ao cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.

Antonio Gaudí i Cornet, nascido a 25 de junho de 1852, aceitou dirigir a obra da Sagrada Família no ano seguinte ao lançamento da primeira pedra, em 1883.

“A partir de então, passou toda a sua vida a construir o local de culto no qual manifestou o seu génio artístico, o seu sentimento religioso e a sua profunda espiritualidade”, refere o portal de notícias do Vaticano.”Cristão convicto e praticante, assíduo nos sacramentos, fez da arte um hino de louvor ao Senhor a quem oferecia os frutos do seu trabalho, que considerava uma missão de dar a conhecer e aproximar os homens de Deus”, acrescenta a nota.

Entre as suas obras contam-se ainda o Palácio Güell, as casas Batllo e Milà, a cripta da Colónia Güell ou o Parque Güell, tem nesta igreja a sua obra-prima e o testamento da sua vida.

Depois de 43 anos de trabalho na Sagrada Gamília, na tarde de 10 de junho de 1926, pouco depois de sair do estaleiro, Antoni Gaudí foi atropelado por um elétrico e morreu devido aos ferimentos.

A 7 de novembro de 2010, Bento XVI presidiu à Missa em que dedicou a Basílica da Sagrada Família.

O “templo expiatório” – assim chamado porque é construído apenas com donativos privados – é uma igreja monumental iniciada em 1882, a partir do projeto do arquiteto diocesano Francisco de Paula del Villar (1828-1901), mas foi Gaudí quem, a partir de 1883, lhe traçou um novo destino.

A construção, que ainda decorre, depende de uma junta, hoje transformada em Fundação, que tem como presidente o arcebispo de Barcelona.

OC

Partilhar:
Scroll to Top