Lã dos animais vai ser usada na confecção dos pálios, uma insígnia litúrgica
Cidade do Vaticano, 21 Jan (Ecclesia) – Bento XVI benzeu hoje dois cordeiros brancos na memória litúrgica de Santa Inês (séc. III-IV), seguindo uma centenária tradição.
A lã destes animais vai ser utilizada para a confecção dos pálios, faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda envergada pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica.
A bênção dos cordeiros aconteceu na capela Urbano VIII, do Palácio Apostólico do Vaticano: Um dos animais vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade de S. Inês, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio.
Santa Inês, cujo nome latino («Agnes») se associa à palavra em lLatim para cordeiro («agnus»), está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana, em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal.
O pálio é uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é imposta pelo Papa na solenidade de São Pedro e São Paulo, a 29 de Junho.
O arcebispo metropolita preside a uma província eclesiástica, constituída por diversas dioceses.
Em Portugal, desde o princípio da nacionalidade, há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.