Papa reza pela paz, no final da primeira cerimónia de canonização do pontificado

Cidade do Vaticano, 07 set 2025 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao diálogo e à negociação, dirigindo-se aos governantes de países em guerra, com alertas para a “espiral do ódio” que se vive em várias regiões.
“À intercessão dos Santos e da Virgem Maria confiamos a nossa incessante oração pela paz, especialmente na Terra Santa e na Ucrânia, e em todas as outras terras ensanguentadas pela guerra”, disse, no final da Missa a que presidiu hoje, na Praça de São pedro, com a primeira cerimónia de canonização do pontificado.
“Aos governantes, repito: ouçam a voz da consciência. As aparentes vitórias obtidas com as armas, semeando morte e destruição, são na realidade derrotas e nunca trazem paz e segurança”, acrescentou.
Deus não quer a guerra, Deus quer a paz e Deus apoia aqueles que se empenham em sair da espiral do ódio e percorrer o caminho do diálogo.”

Dezenas de milhares de pessoas participaram hoje na Missa em que o Papa canonizou os jovens italianos Pedro Jorge Frassati (1901-1925) e Carlos Acutis (1991-2006).
“Antes de concluir esta celebração tão esperada, desejo saudar e agradecer a todos vós que viestes, em tão grande número, para celebrar os dois novos santos”, declarou Leão XIV, antes da recitação do ângelus.
Depois de saudar as delegações oficiais e os responsáveis católicos de vários países, presentes no Vaticano, o Papa evocou ainda as figuras de dois novos beatos da Igreja Católica.
Este sábado, em Talin, capital da Estónia, foi beatificado o arcebispo jesuíta Eduard Profittlich, “morto em 1942 durante a perseguição do regime soviético contra a Igreja”, recordou o pontífice.
O religioso foi preso a 27 de junho de 1941, sendo deportado para Kirov, na Rússia, onde foi torturado e condenado à morte sob a acusação de espionagem; viria a morrer na prisão, a 22 de fevereiro de 1942.
Ainda no sábado, foi beatificada em Veszprém, na Hungria, Mária Madalena Bódi, morta em 1945 por um soldado do Exército Vermelho, ao resistir a uma tentativa de violação; a jovem católica tinha 24 anos de idade.
“Alegremo-nos, senhores, por estes dois mártires, testemunhas corajosas da beleza do Evangelho”, disse Leão XVI.
Após o final da Missa, o Papa percorreu a Praça de São Pedro e os locais adjacentes, em carro aberto, durante vários minutos.
OC
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