Cidade do Vaticano, 29 dez 2011 (Ecclesia) – A edição de hoje do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, destaca uma recente investigação italiana sobre o sudário, que se diz ter envolvido o corpo de Jesus, sublinhando que este é um “objeto impossível” de falsificar.
O pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390.
Vários especialistas criticaram os testes, frisando que os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas várias ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos.
Desta feita, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) trabalhou durante cinco anos sobre a formação da imagem que se vê no sudário, tentando a sua reprodução.
“A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas (…) é impossível de obter em laboratório “, afirmaram os especialistas da ENEA.
O jornal do Vaticano afirma que os cientistas italianos apresentam as suas conclusões com “extrema cautela”, limitando-se a “propor considerações que não extravasam o campo científico”.
OC