Dados globais mostram quebra acentuada no total das religiosas, sobretudo na América e na Europa
Cidade do Vaticano, 26 abr 2019 (Ecclesia) – O jornal do Vaticano apresenta hoje um conjunto de dados estatísticos sobre a Igreja, entre 2010 e 2017, revelando um aumento de 9,8% no número de católicos no mundo e uma quebra de 10% no total das religiosas.
A população católica passou de 1196 milhões no ano de 2010 para 1313 milhões no final de 2017.
A África, onde vivem 17,8% dos católicos de todo o mundo, é o continente com maior crescimento de batizados; a Europa regista um ligeiro aumento (0,3%) e acolhe hoje cerca de 22% da população católica mundial; a América recebe quase metade dos católicos nos cinco continentes, com destaque para a América do Sul e, em termos de nações, para o Brasil.
O número de sacerdotes católicos no mundo era de 414 582 no final de 2017, um ligeiro aumento face a 2010 (412 236 padres); o crescimento deve-se sobretudo ao maior número de padres diocesanos (281 810 em 2017, face a 277 000 em 2010), que compensam a quebra relativa aos sacerdotes de institutos religiosos (de 135 227 em 2010 para 132 772 no fim de 2017).
Os dados do Vaticano registam uma “crise” no que diz respeito às religiosas professas, hoje menos 10,1% do que em 2010, com quebras mais acentuadas em três continentes: 16,3% na América; 19,1% na Europa; e 19,4% na Oceânia.
O jornal da Santa Sé destaca que a percentagem de religiosas na África e na Ásia, face ao total mundial, passa de 32,1% para 38,1% por cento; em sentido contrário, o peso global da Europa e América passou de 66,7% para 60,8%.
O número de candidatos ao sacerdócio registou uma quebra de 3,1% entre 2010 e 2017, quando eram 115 328; “na Europa e na América, a diminuição parece muito evidente”, sublinha o artigo do ‘Osservatore Romano’.
O periódico do Vaticano destaca a “vitalidade da África e da Ásia, os únicos dois continentes em que todas as categorias de agentes pastorais apresentam um crescimento muito acentuado”.
No caso específico dos diáconos permanentes, catequistas e missionários leigos, o maior aumento em termos absolutos e relativos ocorreu na Europa e na América, “os continentes menos ativos em relação ao desenvolvimento de outras categorias dos agentes pastorais”.
OC