Cidade do Vaticano, 15 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco explicou que a Igreja não é “uma associação rígida” e deve ser “materna” como a Virgem Maria expressando-se com “atitudes de humildade, bondade, perdão e ternura”, na Eucaristia na Capela da Casa de Santa Marta.
“Este tempo em qual existe um grande sentido de orfandade no mundo esta Palavra tem grande importância, a importância que Jesus diz: ‘Não os deixo órfãos, lhes dou uma mãe’”, revelou Francisco, na homilia.
A partir do Evangelho de hoje (S. Lucas 7, 11-17) disse que a maternidade de Maria “estende-se” não só ao novo filho, o apóstolo São João mas a “toda a Igreja e a toda a sua humanidade”.
O Papa assinalou que é um “orgulho” ter “uma mãe” que “acompanha e ajuda” mesmo nos tempos difíceis, “nos maus momentos”.
Neste contexto, recordou que os monges russos “nos momentos de turbulências espirituais” aconselham ao “resguardo sob o manto da Santa Mãe de Deus” que “acolhe, protege e cuida” numa maternidade que “é contagiosa” e surge uma “segunda”.
“A Igreja é mãe. É a nossa ‘santa mãe Igreja’ que nos gera no Batismo, nos faz crescer em sua comunidade e tem atitudes de maternidade, de meiguice, de bondade. A Mãe Maria e a mãe Igreja sabem acariciar os seus filhos, dão ternura”, desenvolveu Francisco.
Por isso, o Papa alerta que pensar na Igreja sem esta maternidade “é pensar numa associação sem calor humano, órfã” onde só existe “rigidez e disciplina”.
“Uma maternidade que se expressa em comportamentos humildes, acolhedores, compreensivos; de bondade, perdão e ternura”, exemplificou na homilia matinal da Capela da Casa de Santa Marta.
Francisco acrescentou que onde há maternidade existe “vida, alegria, paz” e “sorrisos”.
“Uma das coisas mais bonitas e humanas é uma criança sorrir, fazê-la sorrir”, destacou ainda na Eucaristia que contou com a presença do seu Conselho dos Cardeais, o “C9”.
RVCB