Francisco já deu sinais de simplicidade, diz padre português a estudar em Roma
Lisboa, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O Papa Franscisco já deu pequenos “sinais de simplicidade e de oração humilde”, diz o padre português Nuno Santos, a estudar em Roma.
O nome do novo Papa pode ser “profético” e um “sinal de esperança” considera o doutorando de Teologia Dogmática.
“As primeiras palavras, o modo simples e profundo como se dirigiu ao mundo não deixam de ser um sinal de esperança.”
“Este novo Papa já deu pequenos sinais de simplicidade e de oração humilde,” afirmou em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.
O padre Nuno Santo refere ainda a surpresa do primeiro Papa do continente americano, que “já há muitos séculos que não havia um de fora da Europa”.
Numa partilha a “quente” perante a eleição o padre oriundo da diocese de Coimbra é de opinião que o Papa tem de ser um homem “feliz e simples”.
“Tem de ser um homem coerente e exigente com as consequências do evangelho, num esforço de tornar o cristianismo mais credível nas próprias estruturas.”
Considera ainda que deve ser um Papa que “não pense só na Europa”, que seja “dialogante num mundo plural” e consciente das suas limitações, “com a missão de dar continuidade na novidade que os tempos diferentes e as geografias novas exigem”, acrescenta.
“Um Papa assim talvez fosse um ‘super-papa’” por isso o padre Nuno Santos espera que o Papa Francisco I “seja simplesmente uma pessoa que deixe o Espírito Santo atuar”, conclui.
O fumo branco saiu hoje da chaminé colocada sobre a Capela Sistina a partir 19h06 locais (menos uma em Lisboa).
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, à porta fechada, pelas 17h34 (hora de Roma).
Francisco tem menos dois anos do que Joseph Ratzinger quando este foi eleito em abril de 2005, aos 78 anos.
O agora Papa emérito, de 85 anos, renunciou por causa da sua “idade avançada”.
SN