Papa emérito recebeu visitas no mosteiro onde reside
Cidade do Vaticano, 18 abr 2017 (Ecclesia) – O Papa emérito Bento XVI, que completou 90 anos de idade no domingo de Páscoa, festejou o seu aniversário esta segunda-feira no Mosteiro Mater Eclesiae, no Vaticano, onde reside, junto de uma delegação da Baviera, sua terra natal.
As fotos divulgadas pelo jornal ‘L’Osservatore Romano’ retratam Bento XVI, sorridente, com uma caneca de cerveja, acompanhado pelo seu irmão, monsenhor Georg Ratzinger, três anos mais velho, e do seu secretário particular, D. Georg Ganswein.
O Papa emérito agradeceu pelo afeto recebido e agradeceu a Deus por ter-lhe oferecido uma “vida bela, intensa, com altos e baixos”, relata a Rádio Vaticano
O Papa Francisco cumprimentou pessoalmente Bento XVI na quarta-feira, antes do início do Tríduo Pascal.
Para assinalar o 90.º aniversário do Papa emérito foi lançado o livro ‘Bento XVI, imagens de uma vida’, da autoria da jornalista Maria Giuseppina Bonanno e de Luca Caruso, responsável do departamento de imprensa da Fundação Joseph Ratzinger.
No prefácio do livro, o padre Federico Lombardi, presidente da Fundação Ratzinger e antigo porta-voz do Vaticano, escreve que “os olhos de Bento XVI são os de um homem que procura a verdade e que a intui”.
O livro traz também um breve texto de monsenhor Georg Ratzinger, que sublinha como muitas pessoas encontram nas palavras de Bento XVI “força e orientação”.
Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn (Alemanha), no dia 16 de abril de 1927, um Sábado Santo, e passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da Áustria.
Nos últimos meses da II Guerra Mundial (1939-1945), foi arrolado nos serviços auxiliares antiaéreos pelo regime nazi.
Juntamente com o seu irmão Georg, foi ordenado padre a 29 de junho de 1951; dois anos depois, doutorou-se em teologia com a tese ‘Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho’.
De 1962 a 1965, participou no Concílio Vaticano II como ‘perito’, após ter chegado a Roma como consultor teológico do cardeal Joseph Frings, arcebispo de Colónia.
Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o arcebispo de Munique e Frisinga; a 28 de maio seguinte, recebeu a sagração episcopal e escolheu como lema episcopal ‘Colaborador da verdade’.
O mesmo Paulo VI criou-o cardeal, no consistório de 27 de junho de 1977.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guaiaquil (Equador) de 16 a 24 de setembro; mo mês de outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
O Papa polaco nomeou o cardeal Ratzinger como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de novembro de 1981.
No dia 19 de abril de 2005 foi eleito como o 265.º Papa, sucedendo a João Paulo II; a 11 de fevereiro de 2013, Dia Mundial do Doente e memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, anunciou a renúncia ao pontificado, com efeitos a partir do dia 28 do mesmo mês, uma decisão inédita em quase 600 anos de história na Igreja Católica.
OC