Vaticano: Novo livro do Papa dedicado à oração da Ave-Maria

Francisco repete experiência com canal televisivo católico na Itália, após ciclo sobre o Pai-Nosso

Foto: Vatican News

Cidade do Vaticano, 09 out 2018 (Ecclesia) – O novo livro do Papa, ‘Avé-Maria’, chega hoje às bancas, na Itália, com uma conversa sobre a “oração mais amada” com o capelão da prisão de Pádua, padre Marco Pozza.

A publicação recolhe uma entrevista de Francisco para o programa ‘Ave-Maria’, da Tv2000, canal televisivo católico, à imagem do que já tinha acontecido num ciclo de reflexões sobre a oração do Pai-Nosso, em 2017.

A entrevista, realizada em colaboração com o Dicastério para a Comunicação, do Vaticano, começa a ser emitida parcialmente a 16 de outubro, introduzindo nove emissões dedicadas à Ave-Maria e duas ao ‘Magnificat’; a transmissão, na íntegra, acontece a 23 de dezembro.

Francisco fala da normalidade de Maria e da sua santidade, que pode ser imitada por todos.

“Maria é a normalidade, é uma mulher que qualquer mulher deste mundo pode dizer que pode imitar. Nada de estranho na vida, uma mãe normal: mesmo no seu matrimónio virginal, casto naquele quadro de virgindade, Maria foi normal. Trabalhava, fazia as compras, ajudava o Filho, ajudava o marido: normal”, refere.

O Papa sublinha a importância da maternidade na fé católica, na conceção de Deus e da Igreja, perante uma sociedade com “tendências individualistas e egoístas”, porque as mães “sabem testemunhar a ternura, a dedicação incondicional”.

Um dos temas abordados foram as mães da Plaza de Mayo, uma associação formada pelas mães dos desaparecidos, os dissidentes desaparecidos durante a ditadura militar argentina (1976-1983).

“A uma mãe que sofreu o que as mães da Plaza de Mayo sofreram, eu permito tudo. Pode dizer tudo, porque é impossível compreender a dor de uma mãe”, observou o Papa, antigo arcebispo de Buenos Aires (Argentina).

Francisco alerta ainda para o que denomina como “o pecado da elite”, de quem não sabe viver com o seu povo.

“A Igreja é povo, o povo de Deus. E ao diabo agradam as elites”, precisa.

OC

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Agência ECCLESIA

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