Observador permanente da Santa Sé para as Nações Unidas diz que tornou-se mais urgente do que nunca defender estas vítimas»
Cidade do Vaticano, 09 jul 2015 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Viena, monsenhor Janusz Urbanczyk, condenou “o tráfico humano como crime contra a humanidade”.
Segundo a Rádio Vaticano, o sacerdote polaco referiu durante a última conferência da “Aliança contra o Tráfico de Pessoas”, convocada pela OSCE, que “não há qualquer justificação ou desculpa para a prática de uma atividade que atropela todo e qualquer sentido de justiça e de direitos humanos”.
Atualmente, inúmeras pessoas, homens, mulheres e crianças são vítimas em todo o mundo de redes organizadas de tráfico humano, quer para fins de exploração sexual quer também laboral.
Janusz Urbanczyk deu conta da forma “profundamente consternada como a Santa Sé e o Papa Francisco têm acompanhado este problema” e o modo como ele se tem “propagado” um pouco por todo o globo.
“Apesar dos esforços da comunidade internacional, e das inúmeras medidas que têm ido tomadas, milhões de pessoas de todas as idades continuam a ser privadas da sua liberdade e são forçadas a viver em condições de autêntica escravatura”, apontou o responsável católico, citando também a preocupação do Papa para com os migrantes.
“Seja pela prevenção ou pela prestação de apoios, tornou-se mais urgente do que nunca salvaguardar e defender estas vítimas”, acrescentou o observador permanente da Santa Sé na ONU.
Na mesma reunião promovida pela OSCE, ficou claro o empenho do Vaticano em “acolher e defender as vítimas potenciais ou atuais do tráfico humano ou de outras formas de exploração, em todo o mundo”.
De acordo com dados avançados pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o tráfico humano atinge atualmente cerca de 20 milhões de pessoas.
RV/JCP