Vaticano: «Muitas vezes vemos que este mundo parece ter perdido o seu coração», diz o Papa, em encontro com religiosos dehonianos

Francisco recebeu participantes no XXV Capítulo Geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 27 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje, no Vaticano, os participantes no XXV Capítulo Geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), que convidou a devolver “coração” ao mundo atual.

“A unidade tem esta capacidade de evangelizar. É um objetivo exigente, perante o qual se colocam muitas questões. Como ser missionário hoje, num tempo complexo, marcado por grandes e múltiplos desafios? Como dizer, nos vários setores de apostolado em que trabalhais, algo de significativo a um mundo que parece ter perdido o seu coração? Muitas vezes vemos que este mundo parece ter perdido o seu coração”, referiu, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

A reunião magna dos religiosos dehonianos decorre em Roma, com o lema ‘Chamados a ser um, num mundo em mudança’.

“Que as batidas do coração de Cristo possam marcar o ritmo dos vossos dias, modular os tons das vossas conversas e sustentar o zelo da vossa caridade”, desejou Francisco aos participantes no encontro, que conta com uma delegação da província portuguesa da congregação.

O Papa defendeu que os religiosos devem “rezar com intensidade, quase ao ponto de ter as batidas do próprio coração ao ritmo das do coração de Jesus, e assim evangelizar a humanidade”.

“Que a capela seja a sala mais frequentada das vossas casas religiosas, por todos e por cada um, sobretudo como lugar de silêncio humilde e recetivo e de oração escondida”, recomendou.

Falando de improviso, Francisco reforçou os seus alertas contra a “praga” da “bisbilhotice”, na vida consagrada, que “destrói por dentro”.

O Papa recordou uma reflexão do fundador dos Sacerdotes do Coração de Jesus, o venerável Leão Dehon (1843-1925), que colocava no centro de tudo o “amor”.

“Eis o segredo de um anúncio credível, de um anúncio eficaz: deixar que a palavra amor se inscreva, como Jesus, na nossa carne, isto é, no concreto  das nossas ações, com tenacidade, sem parar perante os juízos que nos atacam, os problemas que nos angustiam e as maldades que nos ferem, sem nos cansarmos, com um afeto inesgotável por cada irmão e irmã, solidários com Cristo Redentor no seu desejo de reparar os pecados de toda a humanidade”, apontou.

OC

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