Vaticano: Mensagem para o Dia Mundial do Turismo sublinha potencial do setor na construção da paz

Documento alerta para impacto da guerra nas áreas de peregrinações

Cidade do Vaticano, 28 mai 2024 (Ecclesia) – O Vaticano publicou hoje a mensagem para o Dia Mundial do Turismo 2024, sublinhando o potencial do setor na construção da paz.

“Num tempo tão conturbado como o nosso, não se poderia pensar numa escolha melhor para oferecer, a quem vai viajar, um momento de reflexão e de compromisso pessoal. O intercâmbio cultural entre os povos, que encontra no turismo a sua forma privilegiada, pode também transformar-se num compromisso concreto a favor da paz”, indica o documento, que aborda o tema escolhido para a celebração deste ano, “Turismo e Paz”.

O texto é assinado por D. Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), que recorda a “grande pastoral levada a cabo por tantos sacerdotes e leigos que dedicam a sua vida a tornar ativo e fecundo o turismo e as peregrinações”.

“Eles compreendem as dificuldades que surgem para este sector devido às restrições causadas pela falta de segurança e, apesar disso, são convidados a abrir-se a novos caminhos, mantendo viva a possibilidade de que as peregrinações sejam retomadas em breve nos países que tradicionalmente preservam a riqueza da nossa fé e da nossa história”, escreve.

O 45.º Dia Mundial do Turismo vai ser celebrado a 27 de setembro.

“Onde há focos de guerra, é evidente que o turismo sofre, porque faltam todas as formas de segurança necessárias. A falta de turistas, porém, cria mais uma expressão de pobreza entre a população, que vê desaparecer uma forma de subsistência necessária para viver com a devida dignidade”, alerta o Vaticano.

A guerra traz consigo uma série de consequências de que, muitas vezes, as pessoas não têm plena consciência e que, no entanto, afetam diretamente a vida das pessoas. Onde há a violência da guerra, todos são afetados, ninguém fica de fora”.

Para o Vaticano, a atividade turística pode gerar um “compromisso de fraternidade”, de modo a constituir uma rede de “mensageiros da paz” que facilitem a “reabertura de territórios cheios de história, cultura e fé”.

D. Rino Fisichella recordou ainda o próximo Jubileu, na Igreja Católica se inicia a 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, “permitindo que milhões de peregrinos cheguem à cidade de Roma para viver a indulgência jubilar”.

OC

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Agência ECCLESIA

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